Falta de colaboração da comunidade dificulta o trabalho de combate à dengue em Santa Cruz

Santa Cruz do Sul tem 99 casos confirmados de dengue e uma internação no Hospital Santa Cruz (HSC) devido à doença. O dado foi revelado pela supervisora de endemias do município, Diana Faber, em entrevista à Arauto News 89,9 FM. Apesar da quantidade registrada, o número é menor comparado ao mesmo período no ano anterior.

Os bairros mais afetados são Faxinal Menino Deus, Centro, Arroio Grande, Santa Vitória e Dona Carlota. Nesses locais, são vários os fatores que colaboram com a infestação do Aedes aegypti, como o acumulo de lixo e água parada. Conforme Diana, muitos moradores armazenam a água da chuva de forma errada para regar suas plantas. O ideal é captar o líquido em uma garrada pet fechada e não aberta, o que contribui com a proliferação das larvas do mosquito.

Outro ponto abordado pela supervisora é à falta de colaboração da comunidade com o combate do mosquito. Ela destacou a resistência de alguns moradores em permitir a entrada dos agentes de endemias e a negligência em práticas preventivas, como a limpeza de ralos e a vedação adequada de recipientes de água. “Infelizmente, as pessoas não fazem a parte delas. O morador espera, muitas vezes, a gente ir lá pra virar aquele pote que está com a água, para colocar uma água sanitária no ralo. Isso deveria ser feito sempre”, lamentou.

A situação é agravada pela presença de terrenos baldios com grande quantidade de lixo, água parada e vegetação alta. “Tem muitos, não é somente um, dois. São vários terrenos que muitas pessoas nos passam, fazem denúncia, e a gente vai lá e vistoria aquele local”, mencionou. Diana também ressaltou que o combate à dengue depende do esforço coletivo e que o trabalho da supervisão só será efetivo com a conscientização e participação da população.