De acordo com o prefeito, processo licitatório para execução da obra tem enfrentado entraves burocráticos
Um ano após a enchente que destruiu a Ponte Centenário, em Sinimbu, a reconstrução da estrutura é considerada o maior desafio para a retomada econômica do município. Empresários e moradores da região central apontam que a ausência da ponte afetou diretamente o comércio local, a circulação de pessoas e a conexão com o interior do município.
A ponte, que ligava a área central de Sinimbu a diversas localidades do interior, era utilizada para o deslocamento de moradores, trabalhadores e produtores rurais. Sem a estrutura, muitos consumidores passaram a buscar produtos e serviços em outros municípios vizinhos. O prefeito Wilson Molz explicou que o projeto de reconstrução da ponte ficou pronto em janeiro deste ano. Está homologada a empresa FG Construtora Ltda, classificada em segundo lugar, como vencedora do processo licitatório que prevê a reconstrução.
“Recebemos o projeto pronto em janeiro. Iniciamos a licitação e tivemos cinco empresas participando. A primeira foi desclassificada e agora estamos convocando a segunda colocada”, destacou. A assinatura do contrato com a FG Construtora deve ocorrer nesta quarta-feira (30). O dinheiro já está disponível nos cofres municipais e a obra é resultado de uma parceria com a JTI.
Para os empresários de Sinimbu, a ausência da ponte tem refletido em queda nas vendas e perda de clientes para outras cidades. Jacson Rabuske, que atua no comércio local, afirmou que a Ponte Centenário é estratégica para a economia do município. “A ponte é a base de tudo para nós. Cerca de 60% do nosso interior passa por ali. Sem ela, as pessoas acabam indo para outros municípios que ficam mais fáceis de acessar. O dia que a ponte voltar, ela vai fazer muita diferença”, disse.
O empresário Adair Mueller compartilha da mesma preocupação e destaca que a dificuldade de acesso pode causar um afastamento definitivo de clientes. “No comércio, funciona como na natureza. Quando o cliente cria o hábito de comprar em outro lugar, dificilmente ele volta se não tiver acesso fácil. Isso está nos prejudicando bastante”, relatou.
Ficou interessado e quer saber mais? Esse é um dos pontos abordados no podcast sobre o primeiro ano das enchentes em Sinimbu. Ouça:
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