Iniciativa de preservação do patrimônio tombado terá duração de oito meses
O projeto de restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Rio Pardo, deu início as suas atividades, que consistem nas intervenções propostas para o restauro da edificação, levando em consideração a ordem de prioridade pelo grau de degradação.
Será realizada uma subcobertura metálica, pelo comprometimento pela infiltração de água da chuva e ação dos cupins. E, na sequência, a intervenção na nave, capela mor e seus bens integrados.
Esta primeira fase da obra, já aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (IPHAE), deve levar oito meses. Será executada de acordo com os projetos arquitetônicos e de PPCI realizados no estudo viabilizado através do incentivo fiscal da LIC/RS.

Foto: Divulgação
Patrimônio histórico e arquitetônico
Construída entre 1774/79, a edificação é patrimônio tombado pelo município (1980) e pelo IPHAE (2010), e simboliza a história viva da colonização portuguesa na região do Vale do Rio Pardo. Projetada pelo engenheiro Coronel Francisco João Roscio, que integrou uma Comissão de demarcação de fronteiras, a construção rústica – com 1756 m2 – possui sete altares de madeira de origem barroca e sacadas.
O tombamento deve-se aos detalhes de sua arquitetura e ao acervo que possui:
•Altar-mor e seis retábulos originais agregados e imagens religiosas:
•Nossa Senhora do Rosário, principal;
•Nossa Senhora Das Dores; Santa Bárbara;
•São Benedito, da Irmandade dos Homens Pretos;
Espírito Santo; Nossa Senhora da Conceição;
•Santa Maria; São Francisco de Paula;
•Santo Antônio, em estilo barroco tardio;
•Pinturas murais internas por especialistas italianos, possivelmente na técnica de
(a)fresco, produzidas no século XIX, forro em madeira policromada com destaque para
as imagens dos Quatro Evangelistas – Mateus, Marcos, Lucas e João, e de Maria e Jesus
Cristo;
•Imagem articulada, em cedro policromado, do Senhor Morto – Jesus Cristo na Cruz, de
meados do século XIX;
•Mmausoléu do Barão do Triunfo (monumento funerário onde esteve sepultado o General
Andrade Neves, nobre militar rio-pardense do século XIX) e
•Batistério: espaço específico para a pia batismal antiga.
O Padre Maurizan do Nascimento observa a importância deste projeto acalentado há mais de quatro décadas pela comunidade. “A ano de 2025 é o ano da graça do Senhor, principalmente para nós que celebramos o jubileu com esse lindo tema peregrinos da esperança. Foi com essa esperança que percorremos anos na espera do restauro da nossa Igreja Matriz, e nesta Páscoa estamos presenciando um sinal de restauração e podemos até dizer: “ressureição”, visto que o sonho está se tornando realidade. E, em
breve, vamos poder celebrar sem a preocupação com as goteiras sobre nossas cabeças, pois a primeira fase da recuperação do telhado foi iniciada”, reitera.
O acervo é voltado à Paixão de Cristo e, com a proximidade da Semana Santa, a paróquia celebrará o início da obra de restauração em sua programação. Na Sexta-feira da Paixão (18 de abril), às 18h, será realizada a Procissão com a imagem do Senhor Morto, (escultura em tamanho natural, com membros articulados, conservada ainda pela Igreja Matriz, e de Nossa Senhora das Dores pelas ruas da cidade, ocasião tão aguardada pela comunidade – e tão significativo nesse momento de reconstrução pós-enchentes.
Esta iniciativa de preservação será coordenada pelo escritório Studio1 Arquitetura, tendo como arquiteto responsável Lucas Volpatto. Esta etapa, orçada no valor de R$ 1.980.464,47, tem financiamento do Pró-cultura RS, por meio do Fundo de Apoio
à Cultura (FAC), Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. E a realização é da Mitra Diocesana de Santa Cruz do Sul, sob a gestão da Cult Assessoria e Projetos Culturais, especializada em gestão e elaboração de projetos culturais.
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