A vacina está no Calendário Nacional do SUS e é enviada, mensalmente, para todo o país
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs/RS) emitiu um alerta epidemiológico sobre a febre amarela, com recomendações aos municípios gaúchos. O documento traz orientações de controle da presença do vírus e de atualização vacinal da população sem vacina ou com esquema incompleto. Orienta também para a imunização de pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata, dentro de áreas com recomendação de vacinação e/ou circulação do vírus amarílico.
A Secretaria da Saúde (SES) informa que na sazonalidade 2008/2009 o Rio Grande do Sul registrou nove casos da doença em humanos e as últimas mortes de macacos (epizootias), principal hospedeiro e vítima da febre amarela. Desde então, não houve mais nenhuma ocorrência no estado.
A vacina contra a febre amarela é oferecida no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e é enviada, mensalmente, para todo o país. Entre as medidas de controle está o alerta às vigilâncias ambientais dos municípios, para que orientem a população sobre a importância da notificação imediata, às respectivas secretarias municipais de Saúde, sempre que encontrarem macacos mortos. Estas ocorrências precisam ser investigadas, pois podem indicar que o vírus está circulando em determinada região.
O vírus da febre amarela se mantém naturalmente em um ciclo silvestre de transmissão, que envolve primatas não humanos (hospedeiros animais) e mosquitos silvestres. O Ministério da Saúde realiza a vigilância de epizootias desde 1999, com objetivo de verificar e antecipar a ocorrência da doença.
Assim, é possível fazer a intervenção oportuna para evitar casos humanos, por meio da vacinação das pessoas, e evitar a urbanização da doença, por meio do controle de vetores nas cidades.
Entenda a doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.
No Brasil, os casos são classificados como febre amarela silvestre ou febre amarela urbana, sendo que o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença que se manifesta nos dois casos, a diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão.
Na silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros; nessa situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado. Na febre amarela urbana o vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegyptii ao homem, mas esta não é registrada no Brasil desde 1942.
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