Acadêmicos do União leva cultura nordestina ao Carnaval de Santa Cruz

Com o tema “Um voo encantado ao Nordeste”, a escola Acadêmicos do União levará elementos da cultura nordestina à avenida do samba santa-cruzense em 8 de março. Em entrevista à Arauto News 89,9 FM, a presidente da agremiação, Marta Nunes, revelou que a atual campeã do Carnaval de Santa Cruz do Sul busca defender o título com um samba-enredo repleto de frevo, forró, festa junina e culinária típica daquela região, proporcionando uma viagem imersiva ao público.

“Um voo encantado, porque é uma visão gaúcha, sulista, de uma outra região do país que a gente não tem tanto acesso. Então, encantado nesse sentido, a gente tem uma certa liberdade, assim, de apresentação”, contou.

A escola levará entre 200 e 230 integrantes para o desfile, divididos em nove alas, além de um carro alegórico e um tripé robusto. Conforme Marta, os preparativos das fantasias estão em ritmo acelerado, com profissionais de diversas cidades para atender à demanda. Ela explicou que algumas peças são adquiridas prontas, mas muitas exigem ajustes e materiais específicos que nem sempre são encontrados com facilidade.

Com uma história marcada por desafios, mas também muitas conquistas, a Acadêmicos do União é a escola de samba mais antiga de Santa Cruz e busca mais um título.“Agora, de novo, a gente tá defendendo o título. E sim, é uma pressão, mas muito interna, porque você vai progredindo e não aceita menos para você mesmo. A gente não quer fazer feio, a gente vai lutar pelo título. E eu sei da qualidade das outras escolas, mas também sei da qualidade da minha. Mas existe uma autocobrança muito grande, até porque é a escola mais antiga e tradicional, praticamente todas as outras escolas, mesmo as que surgiram mais recentemente, tiveram algum tipo de relação com a União”, afirmou.

Ainda, a presidente defendeu a realização da festa cultural, destacando o impacto econômico na cidade. “A gente movimenta muito a economia local. Se você pensar dos recursos que foram passados para o carnaval aqui, provavelmente mais de 80% vai ficar aqui. Não existe dinheiro botado fora, o dinheiro circula“, concluiu.