Ato busca chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelo setor
Agricultores e representantes de entidades rurais, como os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STR), realizam nesta segunda-feira (17) uma mobilização em Passo do Sobrado. O ato busca chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelo setor, como as mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), os prejuízos acumulados devido às estiagens dos últimos anos e a crescente desvalorização da agricultura familiar.
A escolha da data coincide com uma reunião marcada para esta segunda-feira, em Porto Alegre, entre representantes dos Governos Estadual e Federal, entidades públicas, cooperativas e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS). Na região, os agricultores vão se concentrar na praça em frente à Prefeitura de Passo do Sobrado, a partir das 8h. O protesto inclui uma caminhada até o Banco do Brasil, onde será entregue uma pauta de reivindicações.
Segundo Cristian Wagner, presidente da Regional Sindical do Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí e do Sindicato dos Agricultores Familiares de Vera Cruz, o documento que será apresentado aos governantes contém pedidos urgentes para aliviar a crise no setor. “Estamos solicitando a prorrogação automática das operações de crédito do Pronafe e do Pronampe por 120 dias, a renovação das resoluções que reduzem a cobertura do Proagro, o enquadramento no CAR, a criação do desenrola rural, a liberação de recursos da linha especial do BNDES para agricultores que ficaram de fora das resoluções anteriores e a anistia das parcelas do programa troca-troca de milho e de forrageiras”, explica.
Para Wagner, o protesto é uma tentativa de sensibilizar os governantes sobre a gravidade da situação vivida pela agricultura familiar. Ele aponta que a sequência de estiagens e a falta de políticas efetivas colocaram os produtores rurais em uma situação insustentável. “Desde 2019, vivemos na expectativa de uma safra melhor, mas as estiagens continuam nos atingindo. A situação chegou ao limite. Já passamos do ponto de estarmos apenas adiando financiamentos e prazos. Agora é o momento de agir”, afirma.
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