E eu te pergunto: precisamos mesmo apagar o passado para abraçar o futuro?
Lembra daqueles tempos? Quando a gente corrida descanso pela grama, construía casas na árvore e passava horas brincando de pique-esconde?
Lembra do cheiro do bolo saindo do forno, do sabor da fruta colhida no pé, da alegria de ganhar um presente simples, mas feito com carinho?
Lembra das tardes de domingo na casa dos avós? As histórias contadas à beira da lareira, os jogos de tabuleiro em família, as risadas sem pressa?
Lembra quando a gente escrevia cartas, esperava ansiosamente pelo carteiro e guardava cada bilhete como um tesouro?
O tempo parecia mais lento. As relações, mais profundas. Os valores, mais claros.
Respeito. Pelo mais velho, pelo professor, pela palavra dada.
Honestidade. A palavra valia mais que um contrato.
Confiança. Se construía com atitudes, não com assinaturas.
Mas o tempo passou… E tanta coisa mudou.
A tecnologia nos conecta com o mundo todo, mas nos afasta de quem está ao nosso lado.
A informação está na palma da mão, mas a sabedoria se torna cada vez mais rara.
Corremos atrás do sucesso, mas esquecemos de valorizar as coisas simples da vida.
E eu te pergunto: precisamos mesmo apagar o passado para abraçar o futuro?
Será que a modernidade exige que esqueçamos tudo o que aprendemos com nossos pais e avós?
Que possamos resgatar o que realmente importa.
Que possamos usar a tecnologia sem nos deixar escravizar por ela.
Que possamos encontrar um equilíbrio entre o antigo e o novo, entre a tradição e a inovação.
