Entidade foi o único consórcio de serviços a ter projetos selecionados
Os seis projetos elaborados pela equipe técnica do Comitê Pró-Clima, criado pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), para adaptação, resiliência e recuperação em eventos climáticos severos foram pré-selecionados pelo Comitê Gestor do Plano Rio Grande. O comitê aguarda agora a comunicação oficial do governo do Estado, para que sejam efetuados os próximos passos para colocar as ações em prática. Ao todo, os projetos têm um orçamento superior a R$ 79 milhões para a execução em iniciativas que contemplam os eixos de resiliência climática e gestão de desastres; gestão de recursos hídricos e revitalização de ecossistemas; infraestrutura e urbanização sustentável e recuperação de solos agriculturáveis e agricultura sustentável. Ainda durante a semana, irá ocorrer uma reunião on-line com um banco europeu, que teve acesso ao caderno de projetos durante a COP-29, realizada no Azerbaijão.
Conforme o presidente do Cisvale, Gilson Becker, uma comunicação ainda não oficial dá conta de que todos os seis projetos elaborados pelo Comitê Pró-Clima foram incluídos no Plano Rio Grande, para o financiamento do governo do Estado. “Estamos muito felizes com esta pré-seleção, que indica uma real possibilidade de captação dos recursos, no valor de quase R$ 80 milhões, para a realização das nossas propostas. Precisamos agora seguir acompanhando esta evolução junto ao governo. Esta é uma surpresa que vai muito além das nossas expectativas”, revela Becker.
O presidente disse ainda que as seis propostas (veja abaixo) foram pré-selecionadas em meio a mais de 700 projetos enviados, de todas as regiões atingidas pelos eventos climáticos de maio de 2024 no Rio Grande do Sul. Desta seleção, apenas 69 foram pré-contemplados, entre eles, as propostas do Comitê Pró-Clima. “O Cisvale foi o único consórcio público com propostas pré-selecionadas, assim como a única iniciativa regional. As demais propostas são ações específicas de municípios atingidos pelas enchentes. Isso mostra a qualidade e a capacidade de resposta da nossa região, que por meio do Cisvale se organizou e conseguiu criar bons projetos técnicos”, parabeniza.
A diretora executiva do Cisvale Léa Vargas também parabeniza, em especial, a qualidade técnica da equipe do Comitê Pró-Clima, assim como a mobilização do consórcio na busca pela inclusão dos projetos no plano. “Fica aqui o nosso reconhecimento a toda a equipe técnica que se envolveu na construção destes projetos, assim como os nossos gestores que trabalharam pela inclusão destas propostas. Esta confirmação, de pré-seleção deixa nossa região muito otimista, quanto a possibilidade de realização das ações formatadas por nossa equipe técnica”, resume a diretora.
A direção do Cisvale aguarda agora a formalização dos repasses, por meio da pactuação com o governo do Estado, para a efetivação dos projetos, aquisição de equipamentos e início das atividades nos quatro eixos mapeados como necessidades do Vale do Rio Pardo quanto à adaptação e resiliência às mudanças climáticas no Rio Grande do Sul.
O Comitê Pró-Clima é formado pela Câmara Setorial de Meio Ambiente do Cisvale, Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Faculdade Dom Alberto; Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede-VRP), Comitê Pardo, Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e o Conselho de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (Crea – RS).
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Relembre os projetos
Eixo I – Resiliência Climática e Gestão de Desastres:
– Aquisição de estações de monitoramento, sensores refletométricos telemétrico e equipamentos para a unidade regional da Defesa Civil. O valor estimado para este projeto é de R$ 21.468.130,41, com uma contrapartida do Vale do Rio Pardo, no valor de R$ 214.681,30;
Eixo II – Gestão de Recursos Hídricos e Revitalização de Ecossistemas:
– Estudo de Bacia hidrográfica modelagem, topobatimetria, mapeamento para desassoreamento e revitalização, orçado em R$ 32.026.673,33;
– Revitalização das margens da Bacia hidrográfica do Arroio Castelhano, no valor de R$ 15.590.577,00;
– Ações de recuperação de fauna e floras ciliares e aquáticas de todos os cursos de água do Vale do Rio Pardo, orçado em R$ 5 milhões;
Eixo III – Infraestrutura e Urbanização Sustentável:
– Uso das águas nos espaços urbanos e rurais, com o projeto de Implementação de Soluções de Macrodrenagem para minimizar impactos de cheias nos municípios do Cisvale, com orçamento de R$ 3.736.000,00;
Eixo IV – Recuperação de Solos Agriculturáveis e Agricultura Sustentável:
– Promover o uso racional e as boas práticas de manejo de solo e água em propriedades rurais do Vale do Rio Pardo, cujo orçamento é de R$ 1.878.468,40.
Valor total estimado R$ 79.699.849,14
Reunião internacional
Está pré-agendada, ainda para ocorrer durante esta semana, uma reunião on-line internacional, com representantes de um banco europeu. Durante a realização da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas que este ano acontece em Baku, no Azerbaijão (COP29), em novembro do ano passado, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, de posse dos cadernos de projetos, encaminhou as propostas regionais a diversos órgãos internacionais de financiamento. Até mesmo dos diretos dos Brics – grupo de economias emergentes formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – estiveram reunidos com a comitiva gaúcha, e receberam os projetos.
De acordo com o presidente do Cisvale, Gilson Becker, a qualidade dos projetos e as visitas realizadas, por meio do governo do Estado, começam a surtir efeito positivo na direção da implementação dos projetos. “Esta agenda, que ocorre na próxima quarta-feira, dia 29, também nos provoca muita expectativa diante das possibilidades de captação de recursos para o Fundo do Comitê Pró-Clima, já instituído pelo Cisvale”, complementa.
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