Zeno Assmann aponta desafios na logística para atender demandas emergenciais com caminhões-pipa
A redução nas precipitações no Rio Grande do Sul configura um cenário de estiagem, especialmente no Centro-Oeste do Estado, onde os danos nas lavouras são mais acentuados. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar no dia 23 de janeiro, as áreas mais afetadas são aquelas semeadas no início de novembro, que apresentam floração abaixo do esperado, com queda de folhas e flores, resultando em perdas significativas de estruturas reprodutivas e potencial decréscimo na produtividade.
Em regiões mais críticas, em razão do longo período sem precipitações ou da presença de solos rasos e arenosos, observa-se mortalidade de plantas jovens por enraizamento inadequado, folhas comprometidas e desenvolvimento vegetativo abaixo do esperado
Por conta do período sem precipitações, a região do Vale do Rio Pardo já requer ações práticas do poder público para buscar soluções para os produtores. Em Santa Cruz do Sul a estiagem já é sentida pelos produtores no interior. Conforme o secretário municipal de Agricultura, Zeno Assmann, a Administração, neste período, passa a receber muitos pedidos para a abertura de açudes e aguadas. No entanto, ele reforça que essas ações devem ser planejadas com antecedência. “Aguadas tu não pode fazer agora no verão, tem que fazer durante o ano para que quando chegue [o verão] e precise, tenha um açude, uma aguada pronta. A procura é grande, nosso desgaste é grande”, detalha.
Na semana passada, em entrevista à Arauto News, a secretária de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Prissila Bordignon, já havia comentado sobre os frequentes pedidos por caminhões-pipa no interior. Apenas em um dia, segundo ela, quatro veículos foram para Monte Alverne para uma urgência de abastecimento. Zeno Assmann explicou que pontualmente as equipes da prefeitura estão atendendo os pedidos com caminhão-pipa, embora haja dificuldades com questões de logística. “O nosso trabalho no interior é principalmente para abrir e consertar açudes, aguadas e captar água da chuva. Mas temos dificuldades com o deslocamento do nosso maquinário, porque nosso município é muito grane, temos 801 quilômetros quadrados de área, por isso eu disse que temos que fazer trabalho em equipe”, pondera.
O secretário ainda revelou que ele e o vice-prefeito, Alex Knak, estiveram na Secretaria Estadual de Agricultura falando sobre o tema. O objetivo é implementar um programa de irrigação em Santa Cruz.
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