Capacitação visa auxiliar a comunidade e reduzir os casos de violência contra a mulher
Com cinco casos em 2024, a região do Vale do Rio Pardo ocupou a quarta posição no ranking das regiões com maior número de feminicídios consumados no ano anterior. No início de 2025, em 20 de janeiro, a região registrou o primeiro feminicídio do ano. Em Passo do Sobrado, o marido atacou e matou a esposa com uma faca.
Em entrevista à Arauto News 89,9 FM, o comandante do 23º BPM (23º Batalhão de Polícia Militar), tenente-coronel Cristiano Marconatto, destacou que, para auxiliar a comunidade e reduzir os casos de violência contra a mulher, a Brigada Militar oferece cursos para a formação de policiais militares que atuam nas patrulhas da Maria da Penha.
“Nós vamos ter várias edições ao longo do ano porque o policial militar recebe um treinamento específico de 60 horas, o que o torna capacitado para dar um atendimento qualificado à mulher. Este ano, pretendemos enviar mais policiais para se habilitarem”, explicou Marconatto.
Segundo o Mapa de Feminicídios 2024, o Estado contabilizou 72 casos, uma redução de 15% em comparação ao ano anterior. Desde 2020, o maior número de casos foi registrado em 2022, com 111 ocorrências.
Agressão não começa no feminicídio
De acordo com Marconatto, a violência contra a mulher não tem início no feminicídio, mas em diversas outras formas de agressão, como ameaças, violência psicológica, moral e perseguição. “Todas essas formas de violência, que muitas vezes passam despercebidas, que as mulheres, por vergonha, medo ou receio de perder o relacionamento, acabam não denunciando, são os primeiros degraus na escalada criminosa”, esclareceu.
Antes do feminicídio, o agressor, segundo ele, geralmente pratica outras formas de violência que culminam no crime fatal. Em alguns casos, isso ocorre por falta de denúncia; em outros, trata-se de um agressor com um perfil psicológico doentio.
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