Trabalho de rescaldo é lento devido ao acúmulo de material empilhado e à dificuldade de penetração da água nos pontos de combustão
O incêndio de grandes proporções que atingiu a Unicruz Tabaco, em Vera Cruz, no último sábado (25), continua exigindo atuação das guarnições do Corpo de Bombeiros. Comandante da 1ª companhia do 6º Batalhão de Bombeiros Militar, o capitão Juvenal Schneider, explicou em entrevista à Arauto News 89,9 FM nesta segunda-feira (27), que, apesar de já estarem controladas as chamas externas, o trabalho de rescaldo ainda segue. O fogo foi combatido por equipes de diversas cidades, incluindo Vera Cruz, Santa Cruz, Passo do Sobrado, Venâncio Aires, Candelária e São Jerônimo.
Segundo Schneider, o incêndio se agravou pela forma como o material é empilhado na estrutura de uma empresa do setor. O acúmulo de tabaco, principalmente de papelão e material encaixotado, criou uma situação difícil, pois, embora a parte externa já estivesse em combustão, a queima interna demorou a iniciar. Com o calor intenso, o fogo foi se retroalimentando e se espalhando de dentro para fora. “Quando o material começa a queimar por dentro, é como um colchão pegando fogo. Por mais que a gente tenha água, ela não penetra, e o fogo continua se expandindo”, explicou o capitão.
O trabalho de rescaldo é demorado, pois a água escorre sem alcançar os pontos mais profundos do fogo. Para garantir o controle total da situação, Schneider ressaltou a importância de ações de “combate em profundidade”, utilizando retroescavadeiras para movimentar o material e alcançar áreas mais difíceis. A operação, que conta com auxílio de outras empresas da região e da prefeitura de Vera Cruz, tem sido exaustiva para as equipes, devido ao peso do equipamento e ao calor intenso.
Com a situação mais controlada, as guarnições permanecem no local, monitorando os focos de incêndio que ainda podem voltar a se acender. A expectativa é de que o trabalho de combate seja concluído até segunda-feira (27), dependendo das condições do local e do progresso do maquinário em movimentar o material queimado. A segurança dos bombeiros continua sendo a prioridade, com precauções para evitar riscos de colapsos na estrutura da empresa.
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