Tema foi um dos debatidos em audiência pública realizada na tarde desta sexta-feira
Uma audiência pública que tratou sobre a concessão do chamado Bloco 2 de rodovias, que envolve estradas do Vale do Taquari e da região Norte do Rio Grande do Sul, foi realizada na tarde desta sexta-feira (24). O encontro ocorreu no plenário Vicente Schuck da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires.
Entre as rodovias que serão contempladas no projeto está a RSC-453, que abrange, especialmente, a Capital do Chimarrão, Mato Leitão e Cruzeiro do Sul, e segue para Lajeado. O modelo estabelece duplicações, terceiras faixas e adoção do sistema de pedágio free flow. Um deles seria no quilômetro 10 da rodovia, em Linha Travessa, no interior de Venâncio Aires.
A instalação mobilizou a maior parte das manifestações contrárias da comunidade e das autoridades municipais. Moradores, empresários e políticos reforçaram que um novo pedágio, ainda mais no sistema free flow, irá trazer prejuízos para a região.
Conforme o prefeito de Mato Leitão, Arly Stöhr, o Flecha, com a medida, o município ficará ilhado. “Empresas que iriam se instalar ali [na RSC-453] ou na nossa cidade, não vão fazer isso. Vai ficar difícil. Obra é importante, nós sabemos disso, mas o valor do pedágio precisa ser revisto. Não podemos ser penalizados”, reforçou. A maior preocupação, além das questões econômicas, de acordo com Flecha, é com os moradores de Mato Leitão que trabalham em Venâncio Aires e também com quem precisará utilizar os serviços de saúde no município vizinho.
A prefeita em exercício de Venâncio Aires, Izaura Landim, seguiu na mesma linha e reforçou que a população trabalhadora e humilde acabará tendo que desembolsar um alto valor. “Temos que pensar na população, em quem está aqui diariamente e precisa se deslocar para ir trabalhar.”
De acordo com a empresária Cristiane Klock, que possui empreendimentos em Venâncio Aires e Lajeado, o pedágio não é a solução para alcançar arrecadação financeira. “Chega, não aceitamos mais pedágios. Precisamos que os nossos impostos sejam aplicados de forma correta, porque do jeito que está não dá para ficar. Pagamos IPVA e onde está indo este dinheiro? Olha a condição das nossas estradas”, argumentou.
No final da audiência, o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi e profissionais do BNDES, agradeceram a participação da comunidade e se comprometeram a levar as demandas e sugestões ao Governador Eduardo Leite. Após todo o processo de escuta e acolhimento das demandas, o Governo do Estado lançará o edital para contratação da empresa que ficará responsável pelas obras que irão abranger 32 municípios em quase 415 quilômetros de extensão.
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