Moradora de Venâncio Aires, Luana Andrade, passou a ter o hábito da leitura em 2024

Durante a leitura, Luana tem a companhia das duas gatinhas, Brasa e Baguete | Foto: Arquivo Pessoal
“A leitura é, provavelmente, uma outra maneira de estar em um lugar.” A frase, atribuída ao autor português José Saramago, resume o sentimento daqueles que possuem o hábito da leitura.
Nesta terça-feira (7) é celebrado o Dia do Leitor. E se há aqueles que leem desde sempre, há, também, quem passou a conviver diariamente com a literatura a partir de uma nova resolução. Este é o caso da publicitária Luana Andrade, de 34 anos.
Ela conta que nunca teve o hábito da leitura. Apesar de ler eventualmente, as obras eram abandonadas pela metade. No entanto, em dezembro de 2023, a moradora de Venâncio Aires, ao planejar as resoluções para o ano seguinte, colocou “ler mais” entre seus objetivos. “Eu apostava que a leitura me faria bem. Então, passei a dedicar um tempo para isso quase que diariamente”, revela.
Sem meta de exemplares que deveriam ser lidos em 2024, Luana apenas adotou novas práticas que auxiliariam a desenvolver o hábito da leitura. Entre eles, colocar uma música, acender uma vela e criar seu momento especial. “Para ajudar nesse processo, assinei um clube de livros e passei a receber mensalmente um exemplar surpresa. Com certeza, essa experiência fez a diferença para que eu conseguisse cumprir meu objetivo. Além disso, me cadastrei na biblioteca do Sesc e pude redescobrir o prazer de retirar um livro da estante, de forma totalmente gratuita”, detalha.

Para manter o hábito e conhecer novas obras, a publicitária retira livros na biblioteca do Sesc | Foto: Arquivo Pessoal
Além de tudo isso, outro fator foi fundamental para que a publicitária seguisse descobrindo novos mundos: a troca de experiência com outros leitores. Ela afirma que ao longo do ano foi conversando sobre literatura com amigos próximos, o que lhe rendeu novas dicas e o compartilhamento de exemplares.
Conforme Luana, os livros ajudam a aproveitar os momentos sem a interferência de outros estímulos. “Os livros me ajudam a estar no presente, a aproveitar um tempo sem a interferência de outros estímulos. Inclusive, a leitura me ajudou muito a diminuir o tempo de tela do celular”, destaca. “É tipo uma companhia. Quando leio, nunca me sinto sozinha. E a literatura me possibilita a viajar sem sair de casa, a me reconhecer nas histórias, a me emocionar e, até mesmo, sentir raiva. É um emaranhado gostoso de sentimentos que afloram ali, diante das palavras”, complementa.
Entre as leituras da (nova) leitora, uma obra ganha destaque especial, O peso do pássaro morto, de Aline Bei. A leitura, feita em 2020, no primeiro ano de pandemia, não largou Luana, que tem, agora, “espalhado a palavra” do livro nacional. “É uma história tão triste quanto bonita, com uma escrita ousada e que me consumiu por inteira. Eu simplesmente não conseguia parar de ler. E quando acabou, pensei ‘e agora, o que faço com tudo isso que senti?’. Para mim, esse é o maior prazer de ler, sentir”, afirma.
Indicações de Luana Andrade:
- O peso do pássaro morto, de Aline Bei
- A pediatra, de Andréa del Fuego
- A árvore mais sozinha do mundo, de Mariana Salomão Carrara
- Jantar secreto, de Raphael Montes
- A cabeça do santo, de Socorro Acioli
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