O encontro discutirá os problemas recentes relacionados ao abastecimento e à qualidade da água no município
A primeira reunião do prefeito de Santa Cruz do Sul, Sérgio Moraes, com representantes da Corsan/ Aegea e da Agência Reguladora de Serviços Públicos (Agerst) deve ocorrer na próxima semana. O encontro discutirá os problemas recentes relacionados ao abastecimento e à qualidade da água no município.
Em entrevista ao Grupo Arauto, o presidente da Agerst, Astor Gruner, explicou que o objetivo da reunião será cobrar ações mais rígidas da companhia, para que problemas como os enfrentados em 2024 não se repitam.
“O prefeito, como disse, vai cobrar uma eficiência, uma eficácia da companhia muito maior. Eventos como os que aconteceram não podem se repetir no nível que foram. Nós sabemos que problema de algas sempre teremos, há em diversos locais, mas não no nível que teve. Então, a gente tem cobrado os controles, as alternativas e os planos de emergência da companhia para quando eventos maiores aconteçam”, afirmou.
No último trimestre de 2024, Santa Cruz enfrentou sérias dificuldades relacionadas à proliferação de algas no Lago Dourado, que comprometeram a qualidade da água fornecida à população. A crise obrigou a Corsan a suspender temporariamente a captação no local, utilizando exclusivamente o Rio Pardinho como fonte de abastecimento. A companhia foi alvo de críticas públicas do prefeito Sérgio Moraes durante sua campanha e também após sua eleição. Moraes questionou, em diversas ocasiões, a eficiência dos serviços prestados pela empresa.
“Vimos muito forte isso na campanha, pela nova administração, e precisamos dessa colaboração da administração, no sentido de que a concessionária tenha controles mais rígidos, para que menos problemas aconteçam, do desabastecimento ou da qualidade de água, porque esse ano, na questão da qualidade e das algas, foi muito forte, muito grave, e não pode se repetir”, apontou Gruner.
Outra demanda da Agerst é a instalação de geradores em pontos estratégicos para evitar que falhas no fornecimento de energia causem interrupções no abastecimento de água. O presidente ressaltou que a Normativa Nacional de Águas exige que a concessionária desenvolva uma matriz de riscos e implemente medidas de prevenção e resposta em situações críticas.
“Nos não podemos que, cada vez que vai faltar energia na captação, desabasteça toda a cidade. Tem que ter uma alternativa eficaz e a gente tem cobrado isso há um bom tempo”, concluiu.
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