Apesar da prevalência, outros produtos, como carnes e erva-mate, despontam e reforçam a economia
Ao analisar as exportações da região, em 2024, é possível compreender um pouco mais sobre a economia dos municípios do Vale do Rio Pardo. O levantamento, mais do que números, destaca como a produção local gerou emprego e renda.
Santa Cruz do Sul lidera a pauta exportadora, com US$ 1,552 bilhão em vendas internacionais até novembro. O tabaco não manufaturado continua sendo o carro-chefe da cidade, representando 91% do total exportado. Produtos relacionados, como extratos e molhos de fumo, adicionaram mais 3,5% ao total.
A Bélgica aparece como o principal destino das exportações de Santa Cruz, com US$ 498 milhões, representando 32,1% do total. Em seguida, estão Egito (US$ 152 milhões), Estados Unidos (US$ 134 milhões) e Indonésia (US$ 72 milhões). Além do tabaco, outros destaques importantes foram as pedras preciosas e semipreciosas, com mais de US$ 7 milhões exportados para a China.
Venâncio Aires, conhecida como a Capital do Chimarrão, registrou exportações diversificadas no ano passado. O tabaco e seus derivados foram os principais produtos, gerando US$ 865 milhões. Produtos ligados à identidade cultural da região, como café, erva-mate e chá, adicionaram quase US$ 10 milhões, enquanto fornos e máquinas contribuíram com outros US$ 11 milhões.
O mapa de exportações de Venâncio Aires é vasto, com mercados como China, Estados Unidos, Bélgica, Egito, e Polônia entre os principais compradores.
Em Vera Cruz, a produção agrícola foi a grande protagonista. O tabaco gerou US$ 42,8 milhões e foi exportado para países como Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Estados Unidos, China e Vietnã. Além disso, sementes, frutos e esporos ganharam destaque, com vendas para a Turquia e Guatemala.
Pantano Grande está se consolidando como um importante exportador de carnes. Com US$ 15 milhões em vendas internacionais, a cidade atendeu mercados em crescimento, como Argélia, Uruguai, Filipinas e Hong Kong.
Encruzilhada do Sul se destacou pela exportação de madeira serrada, que gerou quase US$ 5 milhões. O produto foi enviado a países como México, Itália, Vietnã e Camboja, reforçando a vocação florestal da região.
Em Candelária, o tabaco rendeu quase US$ 4 milhões, enquanto suportes elásticos para camas, colchões e edredões somaram US$ 1,2 milhão. Paraguai, Uruguai, Emirados Árabes Unidos, Indonésia e França foram os principais destinos dos produtos locais, refletindo a inovação e a qualidade da indústria regional.
Embora em menor escala, Rio Pardo mostrou seu potencial com a exportação de produtos de padaria para o Paraguai, totalizando US$ 32 mil.
O levantamento revela que, embora o tabaco ainda seja o principal produto exportado por diversas cidades, outras mercadorias vêm ganhando destaque, ampliando as oportunidades e fortalecendo a economia local. Itens como carnes, madeira serrada, erva-mate, café, chá, pedras preciosas e até produtos industriais reforçam a diversidade econômica da região.
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