Após 20 anos no basquete, o atleta encerrou sua carreira onde tudo começou
Guilherme Teichmann é uma das grandes referências do basquete brasileiro, com uma carreira marcada por conquistas. Natural de Concórdia, Santa Catarina, o jogador mudou-se para Santa Cruz do Sul ainda na infância, aos oito anos, cidade que considera seu verdadeiro lar. “É onde é a nossa casa, onde a gente vive até hoje”, destacou em entrevista ao Grupo Arauto.
A paixão pelo basquete começou cedo. Ele revelou que era uma criança muito proativa e que o esporte era sua válvula de escape, por isso, fazia de tudo: natação, xadrez, tênis, mas o basquete acabou se destacando. Aos 11 anos, Teichmann ingressou nas categorias de base do Ceisc União Corinthians, um marco inicial de sua trajetória. “Quanto eu retornei para cá foi em 1994, eu tinha um espelho que me deu sonho, me deu muita vontade, e aquilo ali automaticamente virou a minha chave”, lembrou.
Aos 15 anos, recebeu a primeira grande oportunidade da carreira: um convite para jogar em São Paulo. Lá, destacou-se rapidamente, ficando entre os melhores atletas da categoria e sendo convocado tanto para a seleção paulista quanto para a seleção brasileira. “Na minha época era difícil, eram poucos que conseguiam quebrar a barreira de sair e ter uma oportunidade”, contou. Depois, passou também pelo Vasco, do Rio de Janeiro.
Aos 17 anos, seu sonho de jogar fora do Brasil começou a se concretizar. Com uma bolsa de estudos em um Junior College no Texas, o atleta iniciou sua trajetória internacional, onde também passou por uma universidade em Oklahoma. Após se formar, Teichmann retornou ao Brasil e começou sua carreira profissional em Goiânia. Nos anos seguintes, consolidou-se como um dos grandes nomes do esporte nacional, passando por equipes de destaque como Limeira, onde conquistou o título paulista.
Em 2023, após uma trajetória de mais de duas décadas dedicada ao basquete, Guilherme, aos 40 anos, decidiu encerrar sua carreira profissional. O desfecho, porém, não poderia ser mais especial: ele teve a oportunidade de representar o União Corinthians e jogar no Ginásio Poliesportivo, o “Arnão”, onde tudo começou. O momento marcou seu reencontro com amigos, ex-colegas, técnicos e familiares. “Às vezes eram momentos que eu revia alguém que eu não via há muito tempo. Então, o prazer de jogar em Santa Cruz e estar no Poliesportivo, eu tive a sorte de conseguir isso no final”, concluiu.