Agrometeorologista Marcelino Hoppe destaca características do clima e se o fenômeno La Niña deverá causar dor de cabeça
A estação mais quente do ano começou oficialmente no sábado (21), mas já no dia seguinte parece ter confundido a sensibilidade das pessoas, que viveram as mais diversas temperaturas num domingo (22) de frio, garoa, lampejos de sol e vento. Segundo o agrometeorologista Marcelino Hoppe, o auge da energia, da radiação solar no hemisfério sul, ocorreu justamente neste sábado (21), no primeiro dia oficial de verão, e desde então vai diminuindo. “Mas a temperatura tem uma inércia térmica, ela demora cerca de duas semanas para atingir o pico, normalmente na metade de janeiro é o período mais quente do ano. Mas para este ano, fala-se que não será tão intenso assim, talvez retarde para fevereiro ou março, que poderá ser mais quente do que em janeiro”, explica ele.
Deverá ser um calor mais tardio, pela distribuição de chuvas, especialmente, explica Hoppe. Para dezembro, as médias das temperaturas mínimas ficam em 19 graus e máximas em 30 graus, não tem variado muito disso. “Já tivemos recorde de temperatura mínima em dezembro de 7,2 graus em 1924, isso sim é temperatura baixa para essa época do ano”, considera. As pessoas estão estranhando nos últimos dias a sensação de frio, e “brinco que estão com termostato muito sensível”. Com oscilação de cinco graus para mais ou para menos, é possível que o casaquinho volte a ser usado neste janeiro, especialmente à noite.
De modo geral, explica ele, um verão dentro da normalidade, sem exageros nas temperaturas é o esperado. As temperaturas médias ficam em: 24,5 graus em dezembro, 25,5 graus em janeiro e 25 graus em fevereiro. Cinco graus a mais ou a menos é comum, aponta ele. Mas o recorde, para se ter uma ideia, foi no ano de 1929, quando a máxima chegou a 42,3 graus. Marca que dificilmente deve ser batida.
A estiagem vem?
O fenômeno La Niña não se configurou muito bem, vai terminar antes de começar, atestou o agrometeorologista. “Temos projeção de 60% de se formar em janeiro, fevereiro e março, depois disso vai baixando a probabilidade. As temperaturas estão mais baixas porque as frentes frias estão passando com tranquilidade”.
A previsão de precipitação para o trimestre que inicia com o novo ano deve ficar entre 50 e 100 milímetros abaixo do esperado para a região Sul. “Não é o ideal para uma safra cheia, mas também não será muito grave. Não será uma safra extraordinária, dos sonhos, mas também não será com muita quebra. Se fosse a La Niña típica, aí sim teríamos bastante quebra. No Rio Grande do Sul, a cada 10 anos temos três vezes com perda de safra”, ilustrou, reforçando que se houver seca, deverá ser mais branda, com menos perdas.
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