Hoje, vamos refletir sobre a fragilidade da vida. Não como quem escuta mais uma frase de efeito e segue adiante, mas como quem, por um instante, para tudo e olha para dentro de si. A tragédia que vimos neste final de semana, em Gramado, escancara o que tantas vezes insistimos em esquecer: a vida é imprevisível, sem ensaio, sem garantias. Uma família inteira… vidas interrompidas em um instante. E nós, que estamos aqui, seguimos como se o amanhã fosse certo, adiando abraços, conversas e sonhos. Quantas vezes você deixou o dia passar no piloto automático? Esteve perto de quem ama, mas distante de verdade? Guardou palavras importantes por achar que haveria tempo? E se hoje fosse o último dia? O último Natal? O último momento para olhar nos olhos de alguém e dizer: “você é importante para mim”? A vida não para. Ela segue como um sopro, uma chama delicada que pode se apagar sem aviso. Mas, ao mesmo tempo, ela nos dá algo precioso: o agora. Este instante. Este momento em que você está ouvindo estas palavras. Então, te pergunto: o que você está fazendo com o agora? Vive ou apenas passa pelos dias? Coleciona momentos ou deixa pendências para amanhã? Ama, perdoa, abraça? Ou segue deixando para depois aquilo que só o hoje pode oferecer? A dor não precisa ser o lembrete do que importa. Valorize a presença enquanto ela existe. Viva como quem entende que a vida é breve e, por isso mesmo, extraordinária. Porque, no fim, o que ficará não será o tempo vivido, mas o amor que escolhemos compartilhar.