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Menina de 11 anos é uma das milhares de crianças apadrinhadas pelo projeto Cartinhas da FelizCidade, e recebeu a visita do Papai Noel domingo
Quem olha o sorriso tímido da menina Mariani Fredrich, de 11 anos, aluna da Escola Elemar Kroth, em Vera Cruz, não sabe o tanto de história que ela e sua mãe, Ivonir, experimentaram nos últimos tempos. Elas tiveram a casa em que viviam, em Ponte Andréas, pertinho da captação de água do Arroio Andréas, atingida severamente pelo temporal de granizo, no ano passado, e foram buscar abrigo em ginásio municipal. A má sorte se repetiu com a enchente de maio, que obrigou mãe e filha a deixarem o lar e se abrigarem na casa de uma vizinha. O endereço antigo ficou para trás, desta vez, para sempre, quando a água já batia no peito e foi possível salvar apenas os documentos, a geladeira e os animais da propriedade.
Desde então, Mariani e Ivonir vivem em casa alugada no centro da cidade, longe de qualquer possibilidade de um alagamento chegar. A menina foi uma entre milhares de crianças que escreveram seu recado para o Papai Noel, no projeto Cartinhas da FelizCidade, desenvolvido anualmente pela Prefeitura de Vera Cruz. O que ela e sua mãe não esperavam é que o próprio Bom Velhinho faria a surpresa na tarde deste domingo (15) ao visita-las em sua morada e entregar um saco repleto de presentes.
ALESSANDRA ACOMPANHOU A ENTREGA, FELIZ COM A REALIZAÇÃO DA MENINA | GRUPO ARAUTO
Não só ele, aliás, pois veio acompanhado por um grupo de voluntárias que se somam ao projeto da Prefeitura para fazê-lo acontecer e transformar realidades. A empresária Alessandra Tews foi quem apadrinhou a cartinha de Mariani, queria uma especial, e com a indicação de Larissa Franke, não teve dúvida. Ao reconhecer que a menina já lhe era conhecida, pois em diversas ocasiões Alessandra viu ela, ainda pequenina, segurando uma bonequinha caminhando com sua mãe, de Ponte Andréas em direção à cidade, para ir à igreja, lhes estendeu ajuda ao dar carona. Quando viu sua lista de desejos, escolheu com gosto, “como se fosse para mim”, descreveu, feliz, e abraçou a menina.
Era sandália, mochila, material escolar e, num dia atípico de dezembro, com garoa e vento forte, mantas para mãe e filha que vieram muito bem a calhar. Para dona Ivonir, esse Natal vai ser diferente não apenas por receber o Papai Noel em casa com muitos pacotes de presente. Porque representa vida nova, casa nova, segura. “Chega de ser acordada de madrugada preocupada com o rio que vai sair para fora”, resumiu ela, concordando: é esperança de dias melhores.
