Segundo Helena Hermany, o lago pode conter grande quantidade de nutrientes acumulados no fundo, incentivando a proliferação de algas
A Prefeitura de Santa Cruz do Sul e a Corsan/Aegea estão avaliando a possibilidade de realizar uma intervenção no Lago Prefeito Telmo Kirst para resolver problemas recorrentes relacionados à água. Em entrevista ao Grupo Arauto, a prefeita Helena Hermany revelou que estudam uma possível drenagem no espaço.
Segundo a chefe do Executivo, as análises apontam que o cheiro e gosto na água são recorrentes do aumento na proliferação de algas, causado principalmente pelo acúmulo de nutrientes ao longo dos anos. “Com o excesso de chuvas, as terras foram lavadas e muitas coisas entraram no Lago, que também contribuiu para esse aumento”, explicou.
Para lidar com o problema, a Corsan/Aegea está implementando uma técnica inovadora com o uso de um produto orgânico, que promete trazer resultados em cerca de dez dias. Durante esse período, a água será isolada no lago para tratamento, e o abastecimento da cidade será garantido por poços artesianos e pela captação direta do Rio Pardinho, redirecionada para os reservatórios da Corsan. “Vamos usar a água racionalmente por esses dias que são necessários. […] É uma solução emergencial que vai dar resultado”, disse.
A prefeita defende uma manutenção estrutural no Lago Prefeito Telmo Kirst, como a realização de um desassoreamento. Segundo ela, nunca foi feita uma intervenção desse tipo no lago, que pode conter grande quantidade de nutrientes acumulados no fundo, incentivando a proliferação de algas. Helena ressaltou que a Administração Municipal analisa a realização de um estudo de topobatimetria para chegar a conclusão se precisa ou não realizar a limpeza.
“É desassorear o Lago Prefeito Telmo Kirst. Isso nunca foi feito. Aquilo deve ter muita coisa, adubo ali embaixo que fomenta a formação das algas. […] Eu acredito que isso está há anos sendo depositado detritos e que a solução, a longo prazo, é fazer uma drenagem para desassorear este lago que deve ter muito nutriente”, afirmou.
A chefe do Executivo reforçou que o serviço seria de responsabilidade da Corsan. “Nós somos os concessionários. Nós temos o direito de fazer a cobrança e de pedir”, ressaltou.
Ainda, a prefeita salientou que apesar da empresa garantir que a água é própria para o consumo, a Administração trabalha para garantir uma água que atenda às expectativas da população. “Mesmo a Corsan atestando que a água é própria para consumo, acontece que ela não está de acordo com o que a gente espera de uma água para o consumo. Essa água, de acordo com as análises, não é prejudicial a saúde, mas tem um gosto muito ruim, um cheiro. Isso não é o que nós aprendemos e sabemos que tem que ser água”, concluiu.
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