Próximo passo será elaboração de material impresso e panfletagem para informar trabalhadores sobre benefícios da jornada reduzida
Representantes e lideranças de vários movimentos sociais se reuniram na tarde desta sexta-feira (15) na Praça da Bandeira, no que classificaram como primeiro de outros atos em apoio ao fim da escala de trabalho 6 por 1. Organizado pela ONG Desafios Esquina Democrática e apoiadores, o objetivo foi alinhar-se ao movimento nacional que acontece na mesma data.
César Augusto Silva Bathke, um dos organizadores, destacou que apesar de poucas pessoas na tarde deste feriado, a luta é importante por mais qualidade de vida dos trabalhadores. Também considera importante multiplicar a informação correta, pois no mundo inteiro, defende ele, a jornada reduzida aumenta efetividade, emprego e saúde do trabalhador.
Rubem Quintana, outro organizador do protesto em Santa Cruz, disse que a ideia é mobilizar no município num movimento que já é visto nas capitais. É um movimento independente, ainda que eles busquem o maior número de apoiadores, mas visam, daqui para frente, criar material impresso, mostrando benefícios ao trabalhador, com qualidade de vida e saúde, esclarecendo pontos. Além dos panfletos, a intenção é marcar um novo ato, maior, em Santa Cruz para mobilizar ainda mais pessoas.
Recentemente, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que visa abolir a escala 6×1, superou o número mínimo de assinaturas necessárias para tramitar no Congresso Nacional, aproximando-se de 200 deputados signatários. A deputada Erika Hilton (PSOL-SP), autora da PEC, destacou que a escala 6×1 é “incompatível com a dignidade do trabalhador” .
A escala 6×1, na qual o trabalhador tem apenas um dia de folga após seis dias consecutivos de trabalho, tem sido alvo de críticas por limitar o tempo para atividades pessoais, lazer e descanso adequado. A PEC propõe a redução das horas de trabalho e a implementação de alternativas que permitam aos trabalhadores melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
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