Cerimônia realizada no parque da Expoagro Afubra, em Rincão Del Rey, reuniu autoridades, entidades e produtores na tarde desta sexta
Foi na tarde desta sexta-feira (8), no Parque da Expoagro Afubra, em Rincão Del Rey, Rio Pardo, que ocorreu a cerimônia de abertura oficial da colheita do tabaco no Rio Grande do Sul, com discursos que destacaram a força econômica desta produção e seu beneficiamento para o Estado e o país, assim como a importância social que a cadeia produtiva possui para tantas famílias que dependem da cultura. A Abertura da Colheita do Tabaco no Rio Grande do Sul integra o calendário de eventos do Estado e é uma organização das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).
O presidente da Afubra, Marcilio Drescher, falou das expectativas para o novo ciclo, especialmente após a enchente de maio. “Estamos muito otimistas por várias razões. Depois de um ano frustrado no tabaco com quebra de produtividade, embora que bem remunerado ao produtor, nós estamos voltando a ver as lavouras bem constituídas, com qualidade, desenvolvimento normal, o que nos precede um anúncio de uma safra boa, porque é importante ter produtividade e qualidade, as duas coisas têm que andar juntas e por consequência, que seja uma remuneração para que o produtor tenha a efetiva renda que ele sempre espera quando planta. O plantio já está praticamente concluído em todas as regiões e o que se vê e se vislumbra, se nada maior de influência climática vier acontecer, é que teremos, sim, uma boa safra”, destaca.
Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, agradeceu a Afubra pelo apoio e a cedência do parque para a realização do evento. “A abertura da colheita do tabaco é um evento festivo, de celebração, que destaca a importância da cadeia produtiva do tabaco, essa cultura centenária que gera renda e emprego, exporta divisas e gera tributos. É também um momento para homenagear o trabalho de homens e mulheres que geram riqueza para os municípios e o Estado, de renovar a fortaleza do nosso Sistema Integrado de Produção e, por consequência, da liderança do Brasil no mercado mundial de tabaco”, enfatiza Thesing.
O secretário de Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Vilson Covatti, foi enfático: “não tem como o Poder Público não reconhecer uma atividade econômica e social que representa qualidade de vida, não tem como não reconhecer o valor desta cadeia produtiva, a começar pelos nossos produtores, que têm uma renda per capita o dobro da renda nacional. Então precisamos, como Estado, como Poder Público, em nome do nosso governador Eduardo Leite, colocar à disposição as políticas que temos para apoiar a família rural, a agricultura familiar”, declara.
Covatti citou, nessas políticas públicas, o incentivo á correção do solo, possibilitando que na entressafra o produtor possa ampliar a renda com outra cultura, como o milho, por exemplo. “E corrigir o solo dentro da resiliência climática, isso não é mais discurso, é presente”, frisou ele, destacando que esta é uma das regiões mais prósperas do Estado, capitaneada pela produção de tabaco. “Quem negar essa atividade, não sabe o quanto ela é importante para as nossas famílias rurais”, concluiu.
Também, o secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Clair Kuhn, valorizou a força do tabaco, responsável por gerar renda a 70 mil agricultores familiares, movimentando mais de R$ 5 bilhões na última safra na cadeia produtiva, trazendo muitas divisas em impostos. “Com uma cadeia produtiva tão forte, merece atenção do governo, não poderia deixar de estar aqui prestigiando o produtor, as entidades, a indústria”, disse.
Kuhn aproveitou para falar o programa de irrigação que chega ao produtor rural, facilitando que acesse a esses projetos, independente do tamanho da propriedade. No radar, considerando as questões climáticas cada vez mais frequentes, da enchente à possível estiagem, o Secretário citou investimentos em previsão de meteorologia antecipada, equipamentos espalhados nas regiões do Estado para medir a capacidade meteorológica para dar melhor previsão ao produtor, e a implantação de um programa de solos robusto para melhor atender ao produtor. Citou o já feito programa de açudagem e o de irrigação, em andamento.
Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, agradeceu a Afubra pelo apoio e a cedência do parque para a realização do evento. “A abertura da colheita do tabaco é um evento festivo, de celebração, que destaca a importância da cadeia produtiva do tabaco, essa cultura centenária que gera renda e emprego, exporta divisas e gera tributos. É também um momento para homenagear o trabalho de homens e mulheres que geram riqueza para os municípios e o Estado, de renovar a fortaleza do nosso Sistema Integrado de Produção e, por consequência, da liderança do Brasil no mercado mundial de tabaco”, enfatizou Thesing.
Grandeza do setor
A produção sul-brasileira de tabaco da safra 2023/2024 foi de 508.041 toneladas, sendo 461.866 toneladas na variedade Virgínia, 37.915 no Burley e 8.260 toneladas no Galpão Comum. O Rio Grande do Sul fechou a produção em 219.992 toneladas (198.272 de Virgínia, 20.987 de Burley e 733 toneladas de Comum). O estado participou com 43,3% na produção sul-brasileira, com uma área de 125.996 hectares (7,1% a mais), produzidas por 68.582 famílias produtoras (+5,9%). Com os problemas climáticos, a produtividade ficou, no geral, 20,1% menor que na safra passada: 1.786 kg/ha no Virgínia (-19,3%), 1.464 kg/ha no Burley (-25,5%) e 1.174 kg/ha no Comum (-23,8%). Já o preço por quilo teve um acréscimo: R$ 24,31 para o Virgínia (34,7%), R$ 20,43 no Burley (14,7%) e R$ 19,51 para o Comum (14,2%).
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