Iniciativa faz parte do Plano Rio Grande e tem recursos do Funrigs para apoiar startups gaúchas
Com valor de R$ 14,4 milhões, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) lançou, nessa quarta-feira (9), o edital Programa Manutenção de Talentos Tecnológicos – Emergência Climática, focado em startups gaúchas. O edital faz parte do Plano Rio Grande e conta com recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), integrando a estratégia de reconstrução do Estado.
“A crise climática que estamos vivendo exige uma série de medidas em diferentes esferas, e uma delas envolve pesquisa e inovação. O edital é focado em startups e na manutenção de talentos empreendedores no Estado. Isso está alinhado ao propósito do Plano Rio Grande, criado e liderado pelo governador Eduardo Leite, e ao trabalho do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática”, explica a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp.
O diretor-presidente da Fapergs, Odir Dellagostin, destaca que o edital favorecerá a inovação. “Essa iniciativa é fundamental para consolidar nossa capacidade de inovação, evitando que nossas startups pereçam ou migrem para outros estados. Com isso, estamos contribuindo para a transformação de conhecimento em PIB no Rio Grande do Sul”, afirma.
Recentemente, a Fapergs lançou também o edital Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Voltado a Desastres Climáticos, com investimento de R$ 30 milhões para projetos que ajudem na resolução de problemas emergenciais.
Sobre o edital
O objetivo do edital é selecionar projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico envolvendo o estímulo à manutenção de talentos que atuam em startups sediadas no Rio Grande do Sul. Os recursos serão destinados exclusivamente para implementação de bolsas na modalidade Bolsa Talentos Tecnológicos (BTT), nas categorias 1 a 5, segundo o regulamento.
Cada proposta poderá receber investimento de até R$ 132 mil e deverá conter um projeto de pesquisa e desenvolvimento de novo produto, processo ou serviço tecnológico, ou de aprimoramento (em caso de produto já existente). Os projetos aprovados terão o prazo máximo de 24 meses para execução.
O período de submissão de propostas começa nesta quinta-feira (10) e segue até 14 de novembro.
A empresa proponente deverá ser uma startup com sede no Rio Grande do Sul. No edital, startup é entendida como uma empresa iniciante, geralmente de base tecnológica, que introduz uma inovação em seu mercado de atuação. Pode estar envolvida na criação ou no aprimoramento significativo de produtos (bens, serviços ou softwares), processos de produção e/ou métodos organizacionais e/ou comerciais. O modelo de negócios deve ser repetível e escalável.
Além disso, define-se como potencial startup as iniciativas de empreendedorismo dotadas de uma ideia original, em seu estágio inicial de desenvolvimento e de validação, que possa vir a ser inovadora para o mercado.
Também poderão ser incluídas parcerias da startup proponente com instituições de ciência e tecnologia (ICTs), outras empresas, órgãos de governo ou entidades da sociedade civil.
O total de 70% das propostas aprovadas deverá abranger empresas localizadas em uma das seguintes regiões, conforme a classificação do programa Inova RS: Metropolitana e Litoral Norte e Vales. Os 30% restantes deverão ser provenientes de startups situadas em uma destas seis regiões: Central, Serra Gaúcha, Fronteira Oeste e Campanha, Noroeste e Missões, Produção e Norte, e Sul.
A seleção terá as seguintes etapas: 1) análise, julgamento e classificação pelo comitê de avaliação; 2) análise documental; e 3) análise e homologação pelo Conselho Técnico-Administrativo da Fapergs.
As propostas deverão ser submetidas eletronicamente, por meio do SigFapergs (Sistema de Informação e Gestão de Projetos). A divulgação dos projetos aprovados deverá ocorrer em dezembro.
Sobre o Funrigs
O Funrigs (criado pelo decreto 57.647) é um fundo público especial de natureza orçamentária, financeira e contábil, com o objetivo de segregar, centralizar e angariar recursos destinados para o enfrentamento das consequências sociais, econômicas e ambientais decorrentes dos eventos meteorológicos ocorridos em 2023 e 2024.
Os recursos são utilizados para planejamento, formulação, coordenação e execução de ações, projetos ou programas voltados para a implantação ou ampliação da resiliência climática e para o enfrentamento das consequências das enchentes.
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