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“Pedimos orações, porque vai ser um tempo difícil”, afirma morador dos Estados Unidos sobre furacão Milton

Publicado em: 09 de outubro de 2024 às 10:30
  • Por
    Mônica da Cruz
  • Furacão Milton visto do espaço | Foto: NASA/Reprodução
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    Empresário Tony Ademo concedeu entrevista para a Arauto News, na manhã desta quarta-feira

    Os Estados Unidos se preparam para a chegada do furacão Milton. O fenômeno deve tocar a costa da Flórida entre a noite desta quarta-feira (9) e a madrugada de quinta-feira (10).

    O furacão ganhou força nos últimos dias e, conforme pronunciamento do presidente Joe Biden, “deve ser o pior [furacão] a atingir a Flórida em mais de cem anos”. Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), os ventos podem chegar a 270 quilômetros por hora.

    Ex-morador do Vale do Taquari, o empresário do ramo imobiliário, Tony Ademo, está vivenciando de perto a situação. Há oito anos ele reside no Estados Unidos e nesta semana precisou mudar planos e buscar locais seguros para ficar com a família.

    Ele explica que todo ano há a temporada de furacões na Flórida. No entanto, desta vez, está sendo algo atípico. “Nunca passamos por algo assim”, afirma. Há poucas semanas, os EUA enfrentou o furacão Helena, que causou estragos, e agora passará por algo muito maior com o furacão Milton. “Até onde se indica, porque o prognóstico muda de forma rápida, é para ser um dos piores furacões da história dos Estados Unidos. Neste momento, estamos muito preocupados com o que pode acontecer. Temos cidades litorâneas que devem sofrer muito”, detalha.

    Tony revela que os alertas começaram na semana passada, avisando do prognóstico e do que poderia ocorrer. No entanto, ele relata que os alertas ficaram mais fortes e assustadores a partir do último domingo (6). Entre um dos indicadores que mostram a dimensão do perigo está o fato de que Orlando também será atingida. “Isso não costuma ocorrer naquela região”, afirma. A partir disso, segundo o empresário, começou uma corrida até os postos de combustíveis e aos mercados. Itens básicos, como gasolina, lanternas, água e papel higiênico ficaram em falta.

    Para se proteger, Tony e a família saíram da Flórida e buscaram abrigo na Carolina do Norte. Ele explica que os Estados Unidos possui um sistema meteorológico muito avançado, uma vez que o país está acostumado a enfrentar furacões. “Já se tem planos de preparação, prevenção e de pós-furacão.”

    Para auxiliar a população, o governo americano já anunciou os abrigos que estão à disposição e muitas pessoas devem se deslocar até os locais. Outras, porém, buscaram outras cidades e até mesmo estados. “Pedimos orações, porque vai ser um tempo difícil. Esperamos que ele [furacão Milton] perca força, porque isso é possível, e seria algo muito bom para que não tenhamos os estragos que estão sendo previstos neste momento.”