Milhões de americanos vão às urnas em 5 de novembro para escolher entre a democrata Kamala Harris ou o republicano Donald Trump
Milhões de americanos vão às urnas em 5 de novembro para escolher quem será o 47º presidente dos Estados Unidos da América: a democrata Kamala Harris ou o republicano Donald Trump. Em entrevista ao Grupo Arauto, o professor do curso de Relações Internacionais da Universidade do Vale do Taquari (Univates), Mateus Dalmáz, falou sobre como as eleições do país norte americano podem afetar o Brasil.
Conforme relata o professor, apesar dos EUA ser um importante parceiro comercial para o Rio Grande do Sul e o país, não haverá um impacto econômico diferente com o Partido Democrata ou o Partido Republicano. “O que existe é uma parceria diferente em outras temáticas que podem abrir mais oportunidades de negócios em longo prazo, e não prejudicar os que já existem”, pontua.
Dalmáz explica que os dois partidos têm políticas externas diferentes. Por tradição, os democratas respeitam os fóruns multilaterais, propõem uma postura estadunidense de maior diálogo, não fazendo questão de exercer o protagonismo de uma superpotência. Além disso, consideram importantes temas relacionados ao meio-ambiente e direitos humanos.
De acordo com o professor, para o Brasil a postura democrata é interessante, pois a política externa brasileira tem pautado uma tentativa de liderança no Hemisfério Sul, como sendo o Brasil o porta-voz dos países em desenvolvimento nessas temáticas. Ou seja, ele é o país que dialoga com o Hemisfério Norte – os países ricos- para convencê-los a investir no Hemisfério Sul, fazendo parcerias bilaterais e com blocos econômicos.
“Então, a estratégia brasileira de ser um protagonista nas relações internacionais é através de uma liderança hemisférica, e essa liderança tem que ser exercida no diálogo, entorno dessas temáticas como questão ambiental e direitos humanos”, afirmou.
Já os republicanos, conforme aponta Dalmáz, procuram demonstrar com mais ênfase o papel de superpotência dos Estados Unidos. O partido não costuma dialogar, não valoriza fóruns multilaterais, e nega algumas interdependências que a globalização gera. “Tentando colocar os Estados Unidos como o país que pode agir unilateralmente, porque tem força militar, poder econômico e aliados em maior quantidade que qualquer outro país. Isso faz dos Estados Unidos aquele que pode tomar a atitude que bem entender no cenário externo, porque não há um antagonista que vá exercer um poder coercitivo contra ele”, detalhou.
Ele salienta que os Estados Unidos, na gestão de Donald Trump, foi menos parceiro do Brasil para conversar a respeito das temáticas de desenvolvimento, direitos humanos e preservação ambiental. “Se há uma vantagem para o Brasil em relação a uma Kamala Harris ou um Donald Trump, eu diria que para os interesses do Brasil, para a política externa brasileira, um governo democrata seria bem mais interessante. Abriria vários fóruns de diálogo, novas oportunidades de negócio e parcerias. Então, pensando em longo prazo, para o Brasil sempre é vantajoso dialogar e fazer parte das reuniões envolvendo as principais economias do mundo”, ressaltou.
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