Local reúne cerca de 130 empresas, muitas delas com sede no Rio Grande do Sul, Estado que concentra 70% da produção do segmento no país
Responsável por mais de 95% do faturamento da Expointer, o setor de máquinas e equipamentos, que ocupa uma das maiores áreas do parque Assis Brasil, foi um dos espaços mais concorridos neste sábado (24), primeiro dia da feira agropecuária. O local reúne cerca de 130 empresas, a mesma quantidade da edição anterior, muitas delas com sede no Rio Grande do Sul, Estado que concentra 70% da produção do segmento no país. A grandiosidade das máquinas expostas, cada vez mais equipadas com inovações tecnológicas, atraiu a atenção dos visitantes.
Destaque na agricultura de precisão, os drones para pulverização de defensivos e semeadura continuam no topo das inovações. A novidade desta edição da feira é a instalação de repetidores de sinal nos equipamentos, ferramenta que aumenta a precisão na aplicação dos insumos. Com a evolução, especialistas estimam uma margem de erro de até 5 centímetros no local da aplicação – antes, a chance de equívoco podia chegar a 5 metros em alguns casos.
Utilizados em culturas como soja, milho e arroz, os drones também proporcionam um ganho de tempo na aplicação de insumos e aumentam a produtividade no campo. Os novos modelos, que ganharam mais estabilidade de voo com o aumento do número de hélices, evitam o amassamento das plantações, um problema comum em cultivos estreitos quando se utiliza a aplicação mecanizada.
Uma das inovações lançadas nesta edição da Expointer é um implemento agrícola que combina as operações de manejo do solo e semeadura, atividades tradicionalmente realizadas de forma separada. Acoplados ao trator, os rolos podem ser instalados na frente e na traseira do veículo, o que permite a realização simultânea das duas tarefas, reduzindo o tempo de execução. Além de aumentar a produtividade, a inovação, utilizada principalmente em lavouras de sementes de inverno, como trigo, diminui o custo operacional das propriedades rurais.
Outra novidade, voltada para a pecuária, é o tanque para manejo de dejetos de animais, que são usados como adubo orgânico no plantio de alimentos para o rebanho. A inovação apresentada na feira é a automatização do carregamento do tanque, que antes era feito manualmente. Agora, o operador pode executar todo o serviço diretamente da cabine, o que eleva a produtividade da operação em até 15%. Na prática, isso representa quatro carregamentos diários a mais de adubo orgânico, que é um insumo mais competitivo em relação às opções químicas. Além da automatização, o tanque teve sua capacidade de armazenamento ampliada para 20 mil litros.
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