Padre Itacir Brassiani falou sobre as lições que a maior enchente trouxe e o papel da Igreja no momento de reconstrução
Após ser anunciado como novo bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul, em junho deste ano, o padre Itacir Brassiani, atualmente superior provincial para a América Latina dos Missionários da Sagrada Família, começa a se preparar para assumir o seu novo cargo em Santa Cruz. “É uma confiança que me faz estremecer, me alegra, mas me faz estremecer porque é uma novidade absoluta. Minha experiência é como pároco, como vigário paroquial e não, evidentemente, na direção de uma Diocese”, disse.
Padre Itacir destacou que nutre expectativa por iniciar os trabalhos em Santa Cruz e que pretende aprender com a equipe já estabelecida no município. “Então a expectativa, como eu tenho partilhado, é uma expectativa de que eu seja acolhido como um irmão que chega e um aprendiz que vai precisar aprender com os padres, com o bispo emérito hoje administrador apostólico, Dom Aloísio, com todas as instâncias pastorais, aprender a caminhar como pastor”, completou. A celebração de ordenação episcopal e a posse como bispo da Diocese está marcada para 29 de setembro.
Lições da enchente
Itacir também refletiu, em entrevista à Arauto News, sobre o papel da Igreja Católica diante da maior enchente vivida pelos gaúchos. “O desafio é de fortalecimento da fé cristã, de capacidade de resiliência da fé cristã. As lideranças precisam estar unidas para o fortalecimento das comunidades. É preciso estar presente na reconstrução – física, material e emocional do que foi destruído”, salientou.
Mais um desafio para a igreja é a reflexão crítica sobre o que podem ter sido causas mais remotas, como ocupação e exploração de terrenos e a questão de sustentabilidade. E ajudar a contribuir com a sociedade a projetar de forma mais sustentável a convivência com o meio ambiente.
Os sulistas estão mais acostumados a ajudar do que a receber ajuda, refletiu o futuro bispo. Momento também é de aprendizado por toda a ajuda recebida de todo país. “Temos um capital humano de solidariedade muito importante a ser valorizado e estimulado, seja na região ou fora dela. Aprendemos a ser fortalecidos e compreender que somos todos interdependentes. O que acontece com as pessoas, de perto ou e longe, nos toca”, reflete.
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