Especialista detalha possíveis causas para condições da rodovia onde trafegam veículos pesados e há muitos registros de acidentes
Buracos ao longo da rodovia, sinalização precária, perigo de acidente, fluxo intenso de veículos pesados. Quem circula pela RSC-153, considerado um corredor de exportação, já que liga a região Norte até o Porto do Rio Grande, reconhece muitos dos problemas, mas talvez não saiba identificar a razão deles estarem ali.
Bruno Deprá, Analista do Centro Socioambiental da Unisc e professor do departamento de Engenharias, Arquitetura e Computação foi entrevistado na Arauto News para explicar sobre a relação do solo com as condições da rodovia. Formado em Geoprocessamento pela UFSM, mestre em Tecnologia Ambiental e doutorando em Tecnologia Ambiental pela Unisc, Bruno frisou que existe certa dificuldade na região porque a declividade é bem acentuada e a conservação de estradas, como a 153, é dificultada por causa dessas inclinações.
Para se construir uma estrada, é necessário pensar não apenas na rota, mas considerar a declividade, a necessidade de cortes de aterro, estudo do solo, a geologia tem que ser levada em consideração para prever possíveis deslizamentos, apontou o especialista. A inclinação, os tipos de curva e as áreas de escape para esses caminhões pesados, tudo isso é possível prever nessas obras de engenharia, apontou Deprá.
Por causa da chuva mais acentuada, “a drenagem da rodovia é estritamente necessária para não acumular água sobre a rodovia e para não infiltrar no solo, o chamado solapamento do solo, aquele desnível que nos pega desprevenido. Isso boa parte é causado por uma drenagem deficiente”, explica o professor, destacando que essa infiltração acaba tornando o problema invisível até que chegue à superfície.
O tráfego de veículos também impacta na rodovia. Mas esse cálculo também é feito, explica ele. No Estado existe uma limitação de balanças, aponta o professor da Unisc, e não raras vezes há sobrepeso sobre rodovias que não comportariam tal peso de veículos.
Em locais onde existe relevo mais acidentado, como é o caso da RSC-153, é mais suscetível à erosão do solo, especialmente neste período de mais chuvas. O inverno gaúcho normalmente é assim, de umidade, sem considerar o evento climático extremo, assegura ele. Se há o relevo que é mais acidentado, que necessita de um monitoramento dessas estradas mais contínuo, tem tráfego intenso, chuvas maiores, se não tem o controle do peso desses equipamentos que passam por ali, essa estrada não vai suportar eternamente, reflete o professor.
E ainda é preciso considerar o material utilizado nas estradas, que impacta na sua vida útil, e os trabalhos de manutenção. Ainda, num terreno mais acidentado, a possibilidade da terra sucumbir por causa de volume de chuva é maior, os chamados deslizamentos, especialmente se faltam obras de contenção.
Notícias relacionadas
Especialista aborda a saúde mental nas empresas
Promovido pela ACI de Santa Cruz, o tradicional evento empresarial terá como painelista o psicólogo e consultor, Fernando Elias José
Lersch reinaugura loja com mais de mil metros quadrados
Empresa localizada no coração de Vera Cruz há 38 anos reabre neste sábado (21), repleta de novidades aos clientes
Ana Nery promove 13ª Jornada Cuidando do Cuidador
Na semana em que completou 69 anos, Hospital Ana Nery realizou evento para os colaboradores da instituição
Centenas de mudas de árvores são plantadas no Vale do Taquari
A ação, que prevê a revegetação de áreas atingidas pelas enchentes, é alusiva ao Dia da Árvore, celebrado em 21 de setembro