Em Vale do Sol, 90% do município é agrícola e muitas são as estradas de chão danificadas com a chuvarada de maio
Passaram-se três meses desde que a maior enchente da história gaúcha deixou rastros por boa parte dos municípios do mapa do Estado e até hoje, os prejuízos são acumulados e os trabalhos seguem intensos. Em entrevista à Arauto News, o prefeito de Vale do Sol, Maiquel Silva, destacou que para um município essencialmente agrícola, com muita estrada de chão batido, os danos ainda são sentidos.
Logo após a catástrofe, destacou ele, a preocupação primeira foi em auxiliar as pessoas, seja as ilhadas, em regiões de deslizamento, em situação de risco. Passada essa prioridade, a recuperação de estradas e acessos segue sendo o trabalho feito e ainda há muita dificuldade para restabelecer, comentou Maiquel. Porque todo o cronograma de trabalho construído ao longo do ano se inverteu para atender às regiões mais afetadas. “90% do município é agrícola e tem muita estrada de chão. Trabalho contínuo. Tivemos que tirar valores de uma ponta para jogar em outra, porque nem previsão orçamentária para isso havia. O que não era prioridade passou a ser“, comentou.
O gestor reconhece que com tantas demandas surgidas a partir do caos, muitas vezes não há recurso, maquinário e mão de obra suficiente para atender a todos com a agilidade que se queria, e isso angustia todo mundo. “A gente se coloca no lugar das pessoas, mas não estamos parados. Temos acessibilidade por todas as estradas, em todas as localidades“, ilustrou.
Maiquel destacou ainda que logo após a chuvarada, o Município cadastrou projetos para buscar recursos dos governos estadual e federal, e alguns já possui o retorno positivo, como a terceirização de máquinas para desassoreamento e recuperação de estradas via Defesa Civil do Estado. Também já recebeu sinalização positiva de verbas para reconstrução e pontes – uma que liga Campos do Vale a Formosa; e outra na linha Quatro.
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