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Escola apresenta projeto sobre a barragem de Vera Cruz

Publicado em: 11 de julho de 2024 às 12:56 Atualizado em: 11 de julho de 2024 às 13:49
DIREÇÃO, PROFESSORES E ALUNOS CONFECCIONARAM MAQUETE | GRUPO ARAUTO
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Emef José Bonifácio comemora nesta quinta-feira seus 65 anos de trajetória com cerimônia para evidenciar estudo que integrou a comunidade escolar

Foi no mês de fevereiro que a Escola Municipal José Bonifácio, de Linha Andréas, interior de Vera Cruz, definiu qual seria a temática do projeto a ser estudado pelas turmas neste ano. Não poderia ser mais atual e próximo dos alunos. A barragem Dona Josefa, que está em obras numa área desapropriada a três quilômetros do educandário, gerou dúvidas nas crianças e seus pais, movimenta a localidade, mexe com a economia, meio ambiente, com o desenvolvimento de Vera Cruz, com o futuro. Para entender a importância dessa obra para o abastecimento do município, especialmente em dias de estiagem, os estudantes e professores se debruçaram para buscar informações, realizar visitas na área, desenvolver maquetes e folder. E nesta quinta-feira (11), dia do aniversário de 65 anos da Boni, como é carinhosamente chamada, foi o momento de apresentar o resultado da pesquisa.

A diretora da escola, Neusa Meert, destacou que o princípio foi motivado pelas muitas dúvidas dos alunos, a começar por entender o que é uma barragem. O projeto Conexões, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisc, foi parceiro ao ensinar sobre a confecção da maquete. O setor de Engenharia da Prefeitura forneceu os mais diversos dados para basear o projeto científico. Cada turma fez um pouco. Inclusive o diálogo com moradores, explica Neusa, e se percebeu que houve a valorização das terras nas proximidades e a promoção do turismo rural. O que deve refletir, acredita ela, no incentivo à permanência dos jovens no campo, fundamental para o progresso da localidade.

A preocupação ambiental também estava na pauta, considera a diretora. Com tantos problemas climáticos, o assunto não poderia ficar de fora da educação. “Foi comprada uma área de sete hectares em Linha Floresta para compensação ambiental”, destacou. Para que as pessoas tenham ideia do tamanho da barragem, a escola fez um comparativo com o Lago Dourado, que abastece Santa Cruz. A barragem vera-cruzense terá área de alague de 16 hectares, enquanto o Lago Dourado tem 80 hectares. A água da barragem Dona Josefa vai desaguar no Arroio Andréas, reduzindo o custo da captação, e vai garantir o abastecimento por 60 dias em caso de seca.

Os alunos fizeram visitas a ponto de captação, à Estação de Tratamento de Água, elaboraram maquetes e os estudantes Gustavo Beviláqua e Willian Froemming, do7º ano, com a supervisão da professora, criaram o folder repleto de curiosidades, explicando sobre o que é a bacia do Arroio Andréas, o formato da barragem que será de peixe; o consumo diário de água que passou de 2.700 metros cúbicos em 2012 para 5.500 metros cúbicos atualmente; a extensão de 250 metros da barragem e profundidade de até 11 metros, entre outras curiosidades.

E como está a obra?

O prefeito Gilson Becker explicou que a equipe da Prefeitura trabalhou no local até alguns dias antes do início da chuvarada, e desde então não foi mais possível, devido ao excesso de umidade no solo.Precisa pelo menos uns 20 dias de um tempo mais seco para que a gente possa conseguir retornar para a área, pois tem que trabalhar com caminhões”, explicou. Sem contar em toda a demanda que surgiu com os maquinários por conta dos estragos causados pela enchente. Com isso vai atrasar o cronograma, mas o Prefeito sinaliza que está tudo mantido, toda a obra executada com recurso próprio, a área toda adquirida, licença ambiental, compensação ambiental, a tubulação interna dentro do arroio também está licitada.

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