A Coordenadora de Governança e Infraestrutura do Hospital Ana Nery, Débora Siqueira, falou sobre o tema
Nesta quarta-feira (5) é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data é um lembrete da importância de práticas sustentáveis em todas as esferas da vida, incluindo o descarte de medicamentos e outros resíduos de saúde. A Coordenadora de Governança e Infraestrutura do Hospital Ana Nery, Débora Siqueira, abordou a questão do descarte inadequado de medicamentos e seu impacto ambiental.
A profissional explicou que os medicamentos são classificados como resíduos químicos e pertencem ao grupo B. Os resíduos de serviços de saúde são divididos em cinco grupos: A, B, C, D e E. O grupo A compreende resíduos biológicos, como secreções de pacientes. O grupo B diz respeito a medicamentos, tanto líquidos quanto sólidos. O grupo C é composto por materiais radioativos, que requerem descarte específico. Já os resíduos do grupo D são divididos em dois grupos: comum rejeito e comum reciclável. Por fim, o grupo E abrange resíduos pérfuro-cortantes, como agulhas e bisturis, que representam um alto risco de acidentes de trabalho.
“Os medicamentos são do grupo B e precisam ser descartados como resíduo químico. Seguimos a legislação RDC 222, atualizada em 2018, que especifica como devemos proceder com esses resíduos, desde o tipo de lixeira até a simbologia correta”, explica Débora. Após o descarte, os resíduos são encaminhados para empresas terceirizadas, que devem estar de acordo com as licenças ambientais e regulatórias.
A coordenadora destaca também a importância da fiscalização dessas empresas: “Precisamos ter certeza de que essas empresas estão fazendo a parte correta. Para onde elas estão levando o resíduo? O que elas estão fazendo com ele? O resíduo químico normalmente é neutralizado e depois vai para um aterro industrial, específico para esse tipo de resíduo.”
O descarte inadequado de medicamentos em residências também é uma preocupação. “As pessoas muitas vezes descartam medicamentos vencidos no vaso sanitário ou no lixo comum, o que não é adequado”, alerta Débora. Ela sugere que a população utilize farmácias e drogarias que aceitam medicamentos vencidos para o descarte correto.
“A contaminação dos recursos naturais, como solo e água, pode impactar significativamente a saúde pública. Estudos já identificam alterações na resistência bacteriana devido ao descarte inadequado de antibióticos”, ressalta Débora. A conscientização sobre o descarte correto de medicamentos é crucial para proteger o meio ambiente e a saúde pública.
O Hospital Ana Nery, embora não tenha pontos de coleta de medicamentos para a comunidade, não se recusa a receber resíduos quando outras opções não estão disponíveis. “Orientamos as pessoas sobre os locais corretos de descarte, mas aceitamos medicamentos vencidos em situações excepcionais”, afirma Débora. A profissional conclui enfatizando a importância da educação e orientação tanto para a comunidade quanto para os profissionais de saúde. “Seguir as legislações é essencial, mas também precisamos educar a população e nossos profissionais para práticas de descarte responsável.”
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