Em tempos normais, seria época da tradicional Gincana Municipal de Vera Cruz. Mas não se tem, ainda, definição sobre a realização do evento. Hoje trazemos uma curiosidade acerca do livro "A Capital das Gincanas".
Estaríamos vivendo, em tempos “normais”, a tão esperada Semana do Município. Numa reorganização da agenda por causa do feriado de Corpus Christi, este fim de semana seria dedicado à Feira da Produção. Mas normalmente, quando maio se despedia para junho dar as caras, o friozinho na barriga chegava, era hora da disputa.
Ainda não sabemos se vai haver Gincana Municipal – a decisão sobre o adiamento ou cancelamento deve ocorrer na semana que vem – informa a Secretaria de Cultura. Mas de qualquer modo, tenho certeza que boa parte dos gincaneiros que abriram suas redes sociais nos últimos dias possuíam lembranças de gincanas passadas para compartilhar.
E como esta coluna gosta de cavocar no passado, recorri ao amigo Tarcísio Henkes, o Nanico, muitas vezes elaborador da gincana, para uma mãozinha. Difícil revelar uma imagem inédita ou fato novo das gincanas passadas e amplamente divulgadas, mas Nanico compartilhou uma curiosidade acerca do livro da Capital das Gincanas, lançado em 2013. O livro publicado tem capa azul e um compilado de fotos, mas existiu uma segunda versão, um esboço em capa verde e outra disposição de imagens, algumas que ficaram de fora ou subtituídas.
Agora vem a pergunta que ele mesmo, Nanico, um dos autores da obra, faz: qual era a melhor versão? A escolhida ou a preterida? Capa azul ou verde?
Lá em 1989
O livro em questão, organizado por Íris Ziani, Juliano Pauli e Tarcísio Henkes, completou 11 anos de sua publicação, e faz um resgate histórico importante das primeiras gincanas, as chamadas automobilísticas, depois a da Juca, do Clube Vera Cruz, até se chegar na conhecida “nova era das Gincanas Municipais”, a partir de 1989, ano que Vera Cruz celebrou o 30º aniversário e passou a assumir a responsabilidade de promover a gincana, tal qual ocorre nos dias atuais.
Foi naquela ocasião que foram incorporadas duas das tarefas mais significativas para o evento. O desfile, que era realizado na tarde de sábado, e a tarefa noturna, hoje chamada enigma.
Mas daquela histórica gincana, Nanico transformou em CD a gravação musical da tarefa artística, que solicitava que cada equipe apresentasse uma música em homenagem aos 30 anos de Vera Cruz. Detalhe: a letra deveria ser inédita e se a melodia também fosse, a pontuação seria maior. Destaque para as canções da Acev e da Kaimana, relata Nanico. Pois mais uma curiosidade, a música da equipe Acev foi composta por Carmo Gregory e Nelson Wagner (que também são os autores do Hino Municipal de Vera Cruz), enquanto que a da Kaimana foi escrita por Guido Pauli e sua filha Betina.
Além das elogiosas letras, a interpretação também teve destaque. Foi a própria Betina Pauli, junto de Virgínia Rech Gassen,Berenice Rabuske e Cláudio Rech que cantaram a música pela Kaimana, enquanto que pela Acev se apresentaram Adão Machado e os irmãos Sérgio e Liane Kern. Mas nem Acev, nem Kaimana se sagraram as campeãs de 1989, o título veio pela terceira vez para a equipe Sírio.