Após as cheias que assolaram o Vale do Rio Pardo e mais de 400 municípios do Rio Grande do Sul, Candelária enfrenta desafios de mobilidade quanto o acesso ao município. Em atualização feita pelo Gabinete de Crise nessa quarta-feira (15), houve garantia de que a pinguela improvisada localizada na RSC-287, no quilômetro 137, só será retirada quando uma rota alternativa estiver estabelecida.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Candelária, Mateus Böck, esteve em reunião com representantes do Exército e da Concessionária Rota de Santa Maria (administradora da rodovia). Segundo Böck, diversas opções foram discutidas, incluindo a montagem de uma ponte provisória para pedestres. No entanto, a localização dessa estrutura ainda será reavaliada.
“Fizemos o contato com algumas pessoas na tentativa de conseguirmos a montagem de uma ponte provisória para a passagem de pedestres. Em um primeiro momento, nós tentamos que esse caminho fosse feito ao lado da ponte da RSC-287, que está danificada. Porém, ali tem um vão de 110 metros no rio, que impossibilita a montagem de uma ponte para pedestres. Essa ponte precisa ter menos de 100 metros“, explicou.
Dentre as propostas estudadas, estão o uso de barcos para travessia de pedestres e até mesmo a utilização de um trator com uma carreta, porém, devido à profundidade do rio, a alternativa se mostrou inviável. Uma das soluções em andamento envolve o reparo da ponte pênsil na região da Prainha, aliada à instalação de uma ponte provisória pelo Exército. De acordo com o comandante, o secretário de Obras estima que essa iniciativa possa ser concluída em cinco dias.
Um dos pontos levantados para justificar a construção de uma ponte alternativa fora da RSC-287 é a questão da segurança dos pedestres, uma vez que qualquer deslocamento pela rodovia apresentaria riscos devido ao tráfego de máquinas e caminhões nos pontos de reparo.
“Nós trabalhamos com três alternativas. E até sexta-feira uma delas vai estar funcionando, até para que a gente consiga liberar e agilizar o conserto da ponte, pois municípios vizinhos, como Novo Cabrais, Agudo e Cerro Branco também dependem desse acesso. Então a gente precisa trabalhar com mais alternativas e liberar os acessos ao município de Candelária”, finalizou Böck.
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