A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) se tornou o centro das operações de suporte humanitário no Vale do Rio Pardo, sediando o Comitê de Crise do Governo do Estado e concentrando as atividades relacionadas à distribuição de mantimentos na região. Nesta terça-feira (7), a reportagem do Grupo Arauto esteve no campus da universidade, onde estão instaladas as aeronaves responsáveis pela distribuição de suprimentos.
A segunda fase do gerenciamento de crise, com foco no suporte humanitário, está com suas atividades centralizadas na Unisc, que agora serve como base aérea para as operações. Anteriormente, a base estava localizada no Parque da Oktoberfest. Todas as doações recebidas neste local serão direcionadas às comunidades isoladas da região, visando atender às necessidades mais urgentes da população afetada pela enchente histórica.
Tiago Gregis, piloto de helicóptero, compartilhou sua experiência e o esforço conjunto da equipe para lidar com a situação emergencial. Como funcionário da UniAir, que realiza transporte hospitalar para a Unimed, Gregis destacou a dedicação de todos os profissionais envolvidos nas operações de resgate e distribuição de mantimentos.
“Está sendo atípico do que nós costumamos fazer. Eu sou funcionário da UniAir, que faz transporte hospitalar para a Unimed, e nessa situação a gente está se doando para diversos tipos de operação. Realmente está um caos, temos pilotos aqui que presenciaram situações adversas. Estamos aqui para salvar e ajudar da melhor forma possível“, afirmou Gregis.
Os profissionais estão mobilizados para levar alimentos, água potável e outros itens essenciais para as comunidades isoladas da região, onde as condições de acesso são extremamente desafiadoras devido às inundações. Gregis também destacou a perspectiva única que as equipes têm do alto, dentro das aeronaves, que oferecem uma visão abrangente e impressionante da extensão dos danos causados pela enchente.
“É irreconhecível. A gente que está por aí direto, sobrevoando a região, dá para dizer que ficou irreconhecível“, expressou o piloto. Questionado sobre o número de pessoas resgatadas, Gregis enfatizou a intensidade do trabalho e a dificuldade de contabilizar exatamente quantas foram atendidas. “São muitas. É um trabalho muito intenso. A gente acaba perdendo as contas“, concluiu.
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