O Vale do Rio Pardo está enfrentando um problema logístico quando à chegada de combustível nos municípios da região. A situação tem gerado uma corrida aos postos de gasolina, e registros de fila foram feitos em Santa Cruz do Sul e Vera Cruz, por exemplo. As inundações têm prejudicado as estradas, bloqueando o acesso dos caminhões-tanque e interrompendo as rotas de distribuição.
A situação atinge principalmente a principal cidade da região, Santa Cruz, que se encontra isolada da capital do estado. As estradas que levam a outros grandes municípios, como Santa Maria e Lajeado, estão interrompidas devido a quedas de pontes, aumentando a dificuldade de acesso.
De acordo com Joao Carlos Dal’Aqua, presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro), a população deve manter a calma e evitar correr aos postos. Ele ressaltou que o fenômeno não é isolado e que várias comunidades estão enfrentando o mesmo desafio de acesso, resultando na dificuldade de abastecimento.
Embora muitas revendas estejam impossibilitadas de receber gasolina e diesel devido às condições das estradas, Dal’Aqua assegurou que não há falta de combustível nas bases de distribuição, como Canoas e Esteio. Ele enfatizou que algumas distribuidoras, como a Ipiranga, enfrentaram problemas de alagamento, mas isso não resultou em escassez de combustível.
Segundo dados fornecidos pelo presidente do Sulpetro, o Rio Grande do Sul conta com aproximadamente 3,2 mil revendas de combustíveis, sendo que a maioria delas está operando normalmente. O desafio atual reside na logística de distribuição, que foi comprometida pelas condições das estradas e pelas inundações.
Dal’Aqua salientou que o que falta são rotas para distribuição do produto e é preciso que as águas baixem, e isso vale para todo o Estado. Ele também disse que alguns postos foram alagados e o processo de retomada mais demorado, mas os tanques são lacrados e, depois de retirada a água, é só voltar a trabalhar. “A população não precisa correr pras revendas, é um problema logístico, não de carência de produto“, finalizou.
Em busca de alternativas
Alessandra Pick, uma das administradoras dos Postos Central, informou que aguarda um caminhão-tanque para reabastecimentos das bombas, mas que ficou preso em Guaíba com o bloqueio de estradas.
Uma opção para a chegada do combustível seria o uso de rotas alternativas, aumentando, assim, a quilometragem de transporte e, consequentemente, o preço do frete. Isso acabaria resultando em um preço maior para o consumidor na bomba. Nos Postos Central, por exemplo, há limite de abastecimento de R$ 100 por veículo. Casos semelhantes são encontrados em vários outros pontos da região.
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