Discussão veio à tona com três advogadas de Santa Cruz que organizaram o 1º Simpósio Gaúcho sobre o tema
As advogadas santa-cruzenses Michele Martin, Michelle Brescia e Cintia Lopes, que organizaram o 1º Simpósio Gaúcho de Cannabis Medicinal, ocorrido em dezembro, em Santa Cruz do Sul, conversaram com a reportagem do Portal Arauto para falar sobre o avanço do tema que aborda o uso medicinal da cannabis para tratamentos de saúde.
Na última semana, a Câmara dos Vereadores de Santa Cruz do Sul avançou em um projeto que autoriza o uso da cannabis para fins terapêuticos. O projeto, que foi aprovado no Legislativo, levantou questões sobre como será implementado e quais mudanças ocorrerão a partir de sua aprovação.
Com a possibilidade de instituir o uso da cannabis medicinal, há uma série de desdobramentos a serem considerados. O próximo passo é aguardar a sanção da prefeita Helena Hermany, além da criação de uma comissão para contabilizar os usuários locais e desenvolver políticas de informação e suporte. "A gente acredita que a prefeita vai sancionar, até por ter um clamor, e como teve uma aceitação unânime por parte do Legislativo, acreditamos que o Executivo também terá essa sensibilidade com o tema", disse Michele. A produção da matéria-prima também é uma questão relevante, uma vez que, atualmente, a produção no Brasil é limitada e há a necessidade de importação.
Quanto aos benefícios terapêuticos, diversas doenças já são tratadas com sucesso utilizando-se o cannabidiol, incluindo ansiedade, depressão, autismo, Parkinson, Alzheimer, entre outras. A aceitação por parte dos médicos tem crescido, com muitos profissionais buscando mais informações sobre o assunto. "Com certeza há a necessidade de fazer mais simpósios e chamar a comunidade a ouvir e esclarecer. Workshops, principalmente, até para qualificar médicos e profissionais que queiram trabalhar na área", destaca Michele.
As participantes enfatizaram a importância de obter embasamento antes de discutir o tema da cannabis, destacando a necessidade de informação e conscientização. Visitas a países onde a cannabis é legalizada para uso medicinal proporcionaram um conhecimento mais profundo sobre a cadeia produtiva e os benefícios terapêuticos da planta. "O acolhimento que a gente tem se disponibilizado a fazer dos pacientes é com essa ideia, com o intuito de a gente começar a juntar informação local, a conhecer os pacientes, a evolução, e também o tipo de medicamento para que a gente possa proporiconar esse tratamento para eles", salienta Michelle.
No contexto nacional, a discussão sobre o plantio de cânhamo industrial também está em pauta, com o Superior Tribunal de Justiça convocando uma audiência pública para debater o assunto. Essa iniciativa visa ouvir representantes do setor para entender os desafios e possibilidades do cultivo no Brasil.
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