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Cuidado é redobrado para crianças que exigem alimentação especial

Publicado em: 26 de fevereiro de 2024 às 18:05 Atualizado em: 18 de março de 2024 às 15:15
  • Por
    Carolina Sehnem Almeida
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Carolina Almeida/ Jornal Arauto
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    Ano a ano, a Secretaria da Educação recebe mais casos envolvendo alergias, intolerâncias e outros diagnósticos

    Cardápio individualizado, utensílios próprios, cartaz na parede e pulseira no braço. As crianças com alguma necessidade alimentar especial que frequentam as escolas municipais de Vera Cruz recebem cuidado redobrado para garantir comida saborosa e segura para sua saúde. A cada ano que passa, a Secretaria Municipal da Educação  recebe mais estudantes com algum diagnóstico, seja por alergia, intolerância, diabetes ou fenilcetonúria. “Está cada vez mais comum”, reflete a nutricionista Caroline Ortolan, responsável pelo cardápio das EMEIs e EMEFs de Vera Cruz. Em nove escolas da rede estão distribuídas as 25 crianças com alguma necessidade alimentar especial, especialmente as alergias. Além do leite, há casos que envolvem peixe, morango, amendoim, soja, banana, manga e até corante vermelho. Em alguns pequeninos, como Maria Yasmin Figueiredo Dornelles, de três anos, da EMEI Sabor de Alegria, são quatro alimentos diferentes que geram alergia e exigem atenção.

    O cuidado com a alimentação destas crianças começa pelo relato dos pais à direção escolar, que por sua vez, pede um atestado médico relatando o problema e a restrição. Quando a escola recebe o atestado, imediatamente encaminha para as nutricionistas da SMED, Maria Graziele Rodrigues de Oliveira e Caroline Ortolan, que rapidamente criam um cardápio individualizado, fazendo as devidas substituições. Ainda, providenciam as compras para a merenda daquela escola. Este cardápio, explica Caroline, é disponibilizado aos pais, para a direção e vai para a cozinha da respectiva escola.

    Do preparo ao servir

    Os cuidados continuam. Na cozinha, além do preparo de acordo com o cardápio, os utensílios e até a esponja para lavar a louça são individuais, evitando qualquer risco de contaminação cruzada. O prato chega à criança identificado, e nas salas ou no refeitório são fixados cartazes  com a foto, nome e tipo de restrições que a criança possui. Para completar este protocolo de cuidados – que segue o que é preconizado pelo programa nacional de alimentação escolar – a criança usa uma pulseira, com modelo escolhido pela própria escola, para reforçar a identificação de alimentação especial. Esta pulseira, aponta Caroline, é dedicada especialmente aos alérgicos, por ser uma situação que inspira ainda mais cuidados com a saúde.

    A diretora da EMEI Sabor de Alegria, Cintia Piccinini, e a vice, Daniele Stoeckel, sabem da responsabilidade que cada educandário possui e relatam que já teve caso de aluno com alergia, sem ter o atestado médico, que comeu a alimentação normal e teve reação. Elas reforçam a importância dos pais terem esta identificação com o documento do médico para repassar a informação para a escola. E lembram que uma coisa é não poder comer determinado alimento que pode colocar a saúde da criança em risco e outra é não gostar, apenas por uma questão de preferência.

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