Todo dia, de manhã, eu fico em dúvida se faço o leite com Nescau ou deixo os meus filhos fazerem por eles mesmos. É que eles adoram fazer, mas eu detesto ter que limpar.
Todo dia, de manhã, eu fico em dúvida se faço o leite com Nescau ou deixo os meus filhos fazerem por eles mesmos. É que eles adoram fazer, mas eu detesto ter que limpar.
O que você tem a ver com essa história?
Bom, pode ser que o Dudu derrube o chocolate e o leite no primeiro dia, no segundo, volte a derrubar no quarto e no quinto. Uma hora, porém, ele aprende e o acidente passa a ser só acidente mesmo. Nesse momento, terá aprendido algo para a vida inteira. Vale o trabalho de ter que limpar a sujeira dele?
Quase tudo que aprendemos na vida e que repetiremos por muitas vezes não acertamos de primeira. Você bateu aprendendo a fazer baliza na autoescola e, mesmo com a carteira, deixou o carro morrer infinitas vezes – hoje, tudo isso é só acidente, é raro.
No início, parece muito complexo e que nunca nos habituaremos. Acontece que nos acostumamos até com a falta de um parente querido. Somos feitos para aprender, agregar e nos acostumar.
As conquistas demandam pagar o pedágio para ficar a lição.
Apesar dessa realidade da vida, de tanto em tanto, preferimos acreditar que os próximos prêmios virão sem trabalho, sem renúncia, sem sacrifício.
Loucura! Nunca funcionou assim. É tudo questão de matemática.
Valem a pena três dias limpando leite para anos de independência. Vale a pena meia dúzia de meses de estudo por um cargo para a vida toda. Não podemos perder o senso de proporcionalidade.
Aquilo que muito vale nessa vida, exigirá sempre dedicação e sacrifício de nossa parte. Mas vai valer a pena!