Explicação de Flávio Eduardo de Lima Passos ocorreu em júri realizado em Santa Cruz
Durante o júri realizado nessa terça-feira (30) em Santa Cruz, o promotor Flávio Eduardo de Lima Passos falou sobre a existência de uma espécie de justiça paralela em bairros marcados pela presença do tráfico de drogas. O caso em questão, ocorrido em 09 de março de 2022, na rua Treze de Maio, Bairro Faxinal, envolveu o assassinato de uma vítima por um adolescente.
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O promotor destacou que a vítima, identificada como Roberto da Silva, era conhecida por praticar furtos no bairro para sustentar seu vício em drogas. O crime teria sido uma represália a esses furtos. “Quando ele morreu, foi recolhido material no IML e veio laudo. O índice alcoólico estava bem alto. Também o exame toxicológico comprovou que havia cocaína no sangue”, disse.
Flávio de Lima Passos explicou que em áreas onde o tráfico é dominante, a prática de crimes é proibida pela rejeição da comunidade e também porque atrai a atenção da força policial. Ele ressaltou que cada crime registrado gera estatísticas que influenciam as estratégias de atuação da Brigada Militar e da Polícia Civil. "Não pode haver crime. Não querem a força policial", afirmou o promotor.
Durante a investigação do homicídio, o adolescente envolvido foi identificado como uma pessoa altamente ligada ao tráfico, com a apreensão de drogas, contabilidade do tráfico e celular. O delegado, ao analisar o telefone, descobriu conversas que ligavam o adolescente a um indivíduo condenado no júri. O diálogo indicava ordens para cometer o homicídio.
Às 19h02, apenas algumas horas antes do crime, as mensagens revelam uma ação criminosa planejada. O diálogo sugere a busca por uma motocicleta e a preparação de uma arma. “Bah, temo que cobrar uma chinelagem na banda”, escreveu Daniel Henrique Oliveira, que recebeu uma pena de sete anos nessa terça-feira, fazendo alusão aos crimes patrimoniais que estavam sendo realizados por Roberto.
Às 21h01, uma mensagem de Daniel, direcionada ao mesmo contato, indica que eles estavam na área procurando pela vítima, mas sem sucesso até aquele momento. “Tamo caçando ali […] tamo com o ferro [arma] para estourar ele”, escreveu. O horário da morte estimado pelas autoridades é 21h20.
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