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    Maiquel Thessing
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    Astor Schmitt: aos 81 anos, raízes no interior de Vera Cruz e conquistas no mundo dos negócios

    Publicado em: 16 de janeiro de 2024 às 19:55 Atualizado em: 06 de março de 2024 às 14:25
    Foto: Maiquel Thessing/Grupo Arauto
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    Com mais de 45 anos de experiência em negócios, Schmitt construiu expertise sólida em áreas como associações e parcerias, comércio exterior e governança corporativa

    Astor Milton Schmitt, aos 81 anos de idade, é um vera-cruzense que emergiu de uma família de raízes no interior do município, mais precisamente em Dona Joséfa e Ponte Andréas, regiões que moldaram sua trajetória desde o início. Atualmente, sua história é um testemunho de dedicação, superação e sucesso no mundo dos negócios.

    Com mais de 45 anos de experiência internacional em negócios, Schmitt construiu uma expertise sólida em áreas como associações e parcerias, comércio exterior, transações financeiras, mercado de capitais e governança corporativa. Grande parte dessa jornada foi moldada enquanto atuava como diretor corporativo e conselheiro na Randoncorp, incluindo suas joint-ventures.

    Os primeiros passos de Astor na indústria remontam a 1966, quando ingressou na Nicola, uma empresa de ônibus que hoje é conhecida como Marcopolo. Seu início humilde, no chão de fábrica, envolvia atividades de manutenção, processos, ferramentas e controle de qualidade. Foi em 1975 que Raul Randon o convidou para integrar a Randon, onde permaneceu e contribuiu significativamente para o desenvolvimento da fabricante de implementos.

    Astor carrega consigo as raízes de uma família simples, com um pai agricultor que se tornou motorista de caminhão e mecânico, e uma mãe costureira. "Família humilde, mas que sempre soube cuidar bem dos seus filhos", destaca Schmitt. Sua educação se deu na Escola Anchieta, em Vera Cruz, e em 1958, ele mudou-se para Porto Alegre para cursar Engenharia Mecânica, conquistando seu diploma através de esforço e trabalho árduo.

    O destino levou Astor a Caxias do Sul em 1966, onde estagiou e, desde então, permaneceu na cidade. Sua carreira começou em posições mais operacionais, como trabalhador de fábrica, torneiro mecânico e soldador, até galgar posições mais técnicas e de gestão.

    A década de 1980 trouxe desafios significativos para a Randon, com uma crise financeira abalando o país. A empresa enfrentou uma Recuperação Judicial, mas, graças à confiança de seus fornecedores e à resiliência de sua equipe, superou as adversidades. A partir dos anos 1990, a Randon iniciou um período de grande progresso, segmentando negócios e consolidando sua presença com 32 fábricas em operação no Brasil e no exterior, com mais de 16 mil colaboradores ativos. 

    Para Astor, empreender significa assumir riscos e reconhecer oportunidades. Ele destaca o papel essencial do capital humano, enfatizando a importância de uma equipe competente, responsável e comprometida. "O cliente é quem paga as suas contas, então o cliente é majestade, e ver o mercado com esse respeito é um diferencial", salientou Schmitt.

    O vera-cruzense encerrou destacando a sua jornada e o caminho no empreendedorismo. "Quando eu saí de Santa Cruz do Sul eu nem sabia que Caxias do Sul existia. Jamais imaginava fazer toda essa jornada. Empreender significa assumir riscos. É olhar as oportunidades e assumir riscos. Sempre tive esse espírito. Tudo se faz com pessoas competentes, responsáveis e comprometidas", conclui Astor.