Presidente da Câmara explicou que a situação será encaminhada ao Ministério Público do Trabalho
A reunião para discutir o horário natalino em Santa Cruz do Sul, realizada na noite desta quarta-feira (6), no Plenário Vereador Nilton Garibaldi, não contou com a presença dos representantes sindicais. As entidades, Sindilojas Vale do Rio Pardo e Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz do Sul e Região, optaram por não comparecer. Proponente da reunião especial, o vereador Edson Azeredo (Progressistas) expressou sua frustração pela ausência. Para ele, a falta de participação comprometeu o diálogo proposto entre as entidades e as pessoas interessadas.
ENTENDA: Movimento pede mudanças em horários e dias especiais durante o Natal
“Os presidentes dos sindicatos foram convidados para estar na casa do povo e mediar um diálogo entre as duas entidades, juntamente com as pessoas interessadas, mas simplesmente não se fizeram presentes. Isso é vergonhoso. Eu quero agradecer em público à presidente da Câmara. Hoje à tarde, conversei com ela pelo telefone e solicitei a ela sensibilidade para manter a reunião de hoje, não importava se aqui tivesse apenas uma pessoa. São vocês que pagam o nosso salário para estar aqui. É o imposto da cidade que paga o nosso salário para estar aqui. Se não pudermos fazer uma reunião para intermediar um assunto como esse, que tenha pelo menos o dinheiro para comprar um cadeado e fechar essa porta. Nós não precisamos estar aqui. É vergonhoso, presidente. É vergonhoso”, expressou.
Em ofício encaminhado, o Sindilojas explicou sua decisão de não comparecer à reunião e citou que o horário de abertura do comércio em dezembro de 2023 foi decidido, votado e aprovado em uma assembleia geral realizada em outubro. O sindicato alegou que uma nova deliberação se torna inviável e destacou ter se colocado à disposição para negociar acordos específicos com empresas interessadas em abrir no dia 17 de dezembro. “O Sindilojas esclarece que permanece à disposição dos comerciantes e vereadores para prestar as informações e esclarecimentos que se fizerem necessários”, diz um trecho do documento.
O Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz do Sul e Região justificou sua ausência colocando que o convite chegou tardiamente, após amplas tratativas realizadas entre as entidades representativas desde setembro. O ofício enfatizou sua oposição ao trabalho em todos os domingos, independentemente do mês, e ressaltou que a realidade do horário praticado pelas lojas na cidade é uma conquista árdua da categoria. “Essa entidade de classe estará aberta para responder a todos os comerciários. […] não se verifica a necessidade de participação do Sindicato dos Empregados no Comércio nesta reunião extraordinária”, pontua o texto.
Diante da ausência dos sindicatos, a presidente da Câmara de Vereadores, Bruna Molz (Republicanos), anunciou que a ata da reunião será encaminhada ao Ministério Público do Trabalho e serão solicitadas providências. “A gente vai transcrever a ata da reunião e vamos encaminhar via ofício. V vamos encaminhar também para os dois sindicatos, para eles saberem o que aconteceu aqui na reunião. Vai sair nota na imprensa também da Câmara, de repúdio pela falta de respeito de nenhum representante estar aqui conosco. O que a gente puder fazer por vocês, a gente vai estar lutando junto com vocês”, destacou.
Notícias relacionadas
Projeto de lei busca garantir acolhimento de idosos em lares geriátricos particulares
Proposição é de autoria do deputado venâncio-airense, Airton Artus, e está em tramitação na Assembleia Legislativa
É mentira que o voto valerá como prova de vida nas Eleições 2024
A Justiça Eleitoral esclarece que são falsos informes que vêm circulando de que o voto servirá como prova de vida ao INSS
“Somos uma opção necessária”, avalia Cândido Faleiro Neto
Petista foi o último candidato à majoritária de Venâncio Aires entrevistado pela Arauto 90,5
Sabia que existem temas proibidos na propaganda eleitoral?
Os pretendentes aos cargos eletivos precisam estar atentos aos conteúdos propagados ou poderão responder pela divulgação de propaganda vedada