Em um dos casos, um pai que contava com medida protetiva tentou invadir um educandário
Em meio a um ano marcado por tragédias em escolas de diferentes partes do país, Santa Cruz do Sul se destacou ao implementar medidas de segurança preventivas. Pela proximidade, o massacre registrado em Blumenau, Santa Catarina, em abril, deixou a comunidade em alerta. Em entrevista ao Portal Arauto, o secretário de Educação, Wagner Machado discutiu a eficácia das ferramentas adotadas e relatou dois casos que serviram como testes.
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Para o gestor, o investimento em tecnologia desempenhou um papel importante. Câmeras de última geração, equipadas com softwares avançados, foram instaladas em todas as escolas e oferecem um monitoramento de alta qualidade. Esses itens possuem reconhecimento facial e capacidade de identificar placas de veículos. Nos últimos meses, de acordo com Wagner Machado, inclusive resultaram na recuperação de veículos furtados na região.
“Uma das câmeras fica na frente da escola, em uma posição mais alta, e consegue dar um ângulo de mais de um quilômetro. Se algum veículo estiver rodando a escola, nós temos o reconhecimento das placas dos veículos. Muitos veículos que foram furtados foram recuperados em Santa Cruz quando entraram dentro desse sistema nosso de monitoramento integrado. Todas as nossas escolas hoje contam com essa tecnologia”, disse.
Além disso, em resposta aos incidentes em outras regiões do país, Santa Cruz implementou o botão do pânico nas escolas. Essa ferramenta adicional busca proporcionar maior tranquilidade. O secretário o baixo tempo de resposta, inferior a três minutos. “Nós tivemos um disparo acidental, que a professora estava conhecendo o aplicativo ainda. Ela estava terminando o expediente, fechando a escola. Ela disse que levou um susto porque chegaram os carros da Guarda Municipal e da Brigada Militar. Ou seja, funciona”, falou.
Wagner Machado ainda compartilhou um caso específico em que um pai, sujeito a uma medida protetiva, tentou invadir uma escola. Pelo sistema de reconhecimento facial, o indivíduo foi identificado e foi detido por descumprimento da ordem judicial. “Na primeira oportunidade, a Guarda agiu e orientou ele, que ele não poderia estar naquele espaço. No segundo momento, ele já estava cadastrado no sistema de reconhecimento facial. No segundo dia, ele não atendeu ali as determinações, as orientações da guarda e tentou ingressar lá […] e foi preso em flagrante”, explicou.
No entanto, o secretário reconheceu os desafios enfrentados, especialmente ao lidar com situações inéditas, e a importância de manter um equilíbrio entre a segurança e o ambiente educacional. “Se fosse abordar o que as pessoas diziam, nós íamos confundir o ambiente escolar com o ambiente prisional. O risco seria de passar com uma criança na frente do presídio e ela achar que era a creche. As pessoas queriam murros de dois metros de altura com concertina e portas giratórias com detector de metal. A escola ainda tem que ser um ambiente lúdico, acolhedor e, acima de tudo, pedagógico”, finalizou.
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