O projeto-piloto é feito com três vacinas, incluindo a do HPV
Dra. Denise, esta é uma grande conquista que vai salvar muitas vidas. Fale sobre essa caminhada?
Em maio, levamos ao Governo do Estado um projeto baseado num trabalho que realizamos em 2022, junto à Promotoria Pública e alguns municípios aqui da região, em que tentamos levar às escolas e municípios a responsabilidade sobre a lei de revisão de carteira de vacinação nas escolas. O que se viu nesse projeto foi uma dificuldade de fiscalização. Então levamos ao governo a proposta de criar uma ferramenta digital que pudesse ajudar tanto as escolas quanto as famílias nesse cuidado com a saúde dos seus filhos porque, muitas vezes, as famílias esquecem a carteira de vacinação – para quem não entende, ela é confusa de interpretar – então, nosso objetivo foi conseguir ajudar tanto as famílias quanto a gestão pública na execução desse cuidado com a saúde. O projeto foi acolhido e as equipes de saúde e educação trabalharam para fazer um cruzamento de dados para isso aumentar informação para as escolas. O projeto-piloto é feito com três vacinas e uma delas é a do HPV.
Na prática, as escolas públicas receberão uma lista com alunos de 9 a 14 anos que não receberam a vacina ainda para orientar a escola, docentes e pais a vacinar?
Isso, a ideia é que as famílias sejam lembradas de que é preciso atualizar o calendário vacinal, e cada município vai fazer a sua rotina. A vacina do HPV, que está incluída nesse projeto-piloto, previne até seis tipos de câncer, não é somente o câncer de colo de útero. Então isso significa que seis tipos de câncer, pelos próximos 15, 20 anos, terão seus riscos reduzidos em pelo menos 70% de chances.