Tema se tornou um dos mais discutidos após um mal-entendido que levou os moradores a temerem a remoção de suas residências
Lideranças políticas de Santa Cruz do Sul têm se reunido para debater as preocupações em torno das enchentes. O tema se tornou um dos mais discutidos após um mal-entendido que levou os moradores do Bairro Várzea e das regiões mais baixas a temerem a remoção de suas residências. O caso motivou a realização de uma audiência pública e, no encontro, os gestores municipais tranquilizaram a população e disseram que qualquer ação somente será tomada após um amplo debate envolvendo todas as partes interessadas.
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Depois da audiência, durante a sessão da Câmara de Vereadores desta semana, o tema das enchentes continuou a ser discutido pelos parlamentares. Serginho Moraes (PTB) afirmou que é necessário trabalhar em conjunto com a comunidade para encontrar soluções para um problema que persiste há várias gerações. Ele enfatizou a importância de encontrar alternativas para lidar com as águas e disse que a colaboração entre os municípios vizinhos, como Vera Cruz, é essencial para enfrentar o desafio.
“Estamos aqui para trabalhar junto com a comunidade, para tentar auxiliar. Aa gente sabe que o problema no Bairro Várzea já vem caminhando por gerações, por muitos prefeitos. É algo muito complexo de conseguir resolver. Fizeram piscinões, falaram em comportas, mas teve um senhor que disse o que tem que ser dito. Precisamos arrumar um caminho para as águas. Essa é a melhor forma. Não temos como tirar os moradores de lá e eles também não querem sair. É o lugar que eles trabalharam, eles conquistaram e não merecem serem retirados de lá, como foi garantido que não vão ser”, falou.
Alberto Heck (PT) destacou a importância de considerar questões climáticas mais amplas que afetam as comunidades em todo o Brasil, incluindo secas e inundações. Ele trouxe exemplos de episódios que estão sendo registrados em diferentes regiões do país. Para o vereador, a drenagem urbana, que leva água para o Bairro Várzea, precisa ser repensada. “Talvez, assim como já se propôs de descontos no IPTU para quem faz instalação de placas solares, nós temos que ampliar para as construções que investirem também em estruturas que acabem segurando um pouco dessa água, com cisternas nas propriedades particulares”, colocou.
Bruno Cesar Faller (PDT) apoiou a ideia de realizar um novo levantamento para entender melhor o problema das enchentes e a necessidade de buscar soluções. “Acho que poderia contratar um novo estudo geológico, apesar de toda a importância que o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS possui. Acho que nós teremos que ter uma outra opinião. As medidas que o Município também tomou, as limpezas das sangas que foram feitas, também ajudaram a minorar o problema, mas, sem dúvida, merece aqui o cuidado”, pontuou.
Leonel Garibaldi (Novo) anunciou esforços para obter informações e realizar novos estudos da zona de alagamento, incluindo a busca por apoio técnico do Comitê Pardo. Ele convidou os colegas a assinarem um ofício para fortalecer o pedido de um estudo planimétrico para a região afetada pelas enchentes. “Não somos técnicos, sou advogado, mas estou buscando entender junto. Primeiro, precisamos entender melhor aquela situação. Tendo o respaldo técnico, possivelmente nós possamos encontrar outras alternativas para trazer a melhor solução para aquela região”, expressou.
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