O cardiologista Cassiano Nardi fala conosco sobre o transplante de coração, anseio de muitas vidas
O Arauto Saúde desta edição falará sobre transplante com o cardiologista Cassiano Nardi.
Quando é que o transplante é indicado?
O que faz as pessoas evoluírem para a necessidade de transplante é quando o coração começa a crescer consideravelmente e ficar desfuncionado. Ele perde a força e aumenta de tamanho e, com essa perda de força, ele não consegue mais nutrir os outros órgãos e dar capacidade física para a pessoa viver.
Existem medicamentos que conseguem adiar o transplante?
Desde 2000, felizmente, começaram a surgir várias drogas que, uma vez, tendo o diagnóstico precoce da insuficiência cardíaca, que classificamos em níveis 1, 2, 3 e 4, conseguimos fazer com que a progressão da doença ocorra muito devagar ou até não ocorra. Com um diagnóstico precoce e a medicação apropriada conseguimos retardar a progressão e faz com que o paciente consiga envelhecer sem chegar ao estágio final, onde a única alternativa é o transplante. Além dos medicamentos, existem as terapias. Quando identificamos o entupimento de artérias, podemos pensar em uma revascularização. Há também as terapias de ressincronização, onde conseguimos modificar a forma de contração do coração por estimulações elétricas, o que também pode trazer benefícios ao paciente.
As doenças cardíacas são adquiridas por maus hábitos ou têm casos em que elas advém de algum defeito genético?
Elas podem ser das duas formas. Podem ser genéticas e que vão evoluir para um quadro de insuficiência cardíaca, mas um quadro onde também podemos atuar com terapias, e existem também as de formas adquiridas como, por exemplo, para níveis significativos. Há os quadros onde o paciente tem infarto, nesse caso ele sobrevive ao infarto porém o coração sofre danos fortes, e ainda o diabetes, que é outro fator potencializador dos quadros cardíacos.
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