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    Maiquel Thessing
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    Pedro Henrique: A resiliência levou o Kiko aos maiores estádios do mundo

    Publicado em: 18 de julho de 2023 às 10:31 Atualizado em: 17 de maio de 2024 às 16:48
    Foto: Mariana Schneider/Grupo Arauto
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    Jogador relembra seu sonho de atuar com os adultos e como foi avançando passo a passo em direção ao futebol profissional

    O sonho de ser jogador de futebol e representar o time do coração move milhões de meninos e de meninas. Em diferentes partes do Brasil, ruas e potreiros se transformam em gramado e os chinelos viram goleiras. É uma paixão nacional.  Pedro Henrique Konzen, conhecido pelos amigos mais próximos como Kiko, como já esteve no grupo de crianças que jogava até o anoitecer, superou desafios, buscou um sonho e, hoje, ao olhar para trás, recorda com orgulho de toda trajetória trilhada.

    Uma das primeiras oportunidades do jogador que hoje veste as cores do Internacional foi no amador de Venâncio Aires. Ele relembra seu sonho de atuar com os adultos e como foi avançando passo a passo em direção ao futebol profissional. Ainda nas categorias de base do Santa Cruz, com 15 anos, Pedro Henrique foi convidado para jogar pelo Juventude de Vila Arlindo. O dinheiro que recebia no final de cada partida, cerca de R$ 30 ou R$ 50 naquela época, ele aproveitava nas festas na Linha Hansel.

    Após dois anos na base do Grêmio, Kiko recebeu a oportunidade de atuar como profissional no Avenida. Em 2010, se transferiu para o Caxias. Tendo mostrado seu talento nos gramados brasileiros, deu um salto em direção aos sonhos mais altos. O destino o levou ao futebol europeu, onde suas habilidades brilharam intensamente. Na Suíça, ele deslumbrou com sua destreza, marcando gols e encantando os torcedores. A Grécia o recebeu de braços abertos e ele correspondeu com vitórias.

    A jornada do santa-cruzense prosseguiu pelo Azerbaijão, onde enfrentou gigantes europeus e deixou sua marca na história do país.  No Cazaquistão, ele resistiu às temperaturas adversas e levantou o troféu de campeão nacional. De volta ao Paok, ele foi parte essencial da campanha invicta no campeonato grego e do tricampeonato da Copa. Ainda, ele emprestou sua habilidade ao Kayserispor, da Turquia, antes de desembarcar no Internacional, onde continua a escrever sua história no livro do futebol com paixão e determinação.

    Sentir-se capaz de representar seus amigos que não tiveram a mesma oportunidade é algo que o enche de orgulho. “São 5% que chegam e olha lá. Poder olhar para trás e ver tudo que estou vivendo é lindo. Acho que a única palavra que me resume é a resiliência. O que está reservado para o futuro? Não sei, mas, se tudo hoje acabasse, eu sou um cara muito realizado. Eu tinha um sonho de ir até Vila Arlindo jogar com os adultos. Eu fui indo e cheguei na Europa”, colocou.

    Apelido

    O apelido Kiko, pelo qual Pedro Henrique é conhecido, tem origem em sua infância. Embora não saiba exatamente quem, dizem que ele era uma criança bastante chorona. Hoje em dia, ele tenta não demonstrar fraqueza nos momentos difíceis, mas guarda com carinho as lembranças dessa característica de sua infância. “Hoje, confesso que choro mais por alegria do que por tristeza”, falou.

    Bergamotas

    Pedro Henrique também falou sobre uma foto que postou. Ele e sua esposa decidiram compartilhar uma caixa de bergamotas nas redes sociais, o que rapidamente se tornou viral. Esse episódio simples e espontâneo despertou memórias da infância. “Foi muito espontâneo. Nessa época do ano, a gente sabe a abundância da bergamota na região. Minha tia sempre levou para Porto Alegre. Se fosse por ela, nas idas e vindas para Europa, ela colocaria até na mala”, disse.

    Veja o vídeo com a entrevista completa: