Psicóloga Pâmela Couto fala sobre os medos e a segurança nos educandários com relação as recentes tragédias
Pâmela Couto, psicóloga da rede municipal de educação de Vera Cruz, é a convidada desta edição para falar sobre o medo e abordar questões como o atentado à escola de Blumenau e as ameaças aos educandários, que espalharam este sentimento.
O que dizer deste momento para tranquilizar os pais e fazer com que os alunos também sintam segurança?
“Onde erramos e como se originou esta situação toda? Pela minha trajetória nas escolas do município e com as demandas que viemos enfrentando devido a essa situação, temos que pensar no compromisso dos pais com os seus filhos. A escola tem um suporte tanto psicológico como na segurança, mas os pais devem organizar seus filhos diante das redes sociais, estarem atentos ao que os filhos acessam. Existem aplicativos que os pais podem ter em seus celulares para acompanhar o que os filhos estão fazendo na Internet, com quem eles estão conversando. Porque nas redes sociais todos têm muitos amigos, mas não conhecem, de fato, todos estes amigos.”
Até onde um pai deve monitorar um filho?
“Vistoriar a mochila é muito importante, saber o que a criança está levando para a escola ou trazendo dela. A própria questão da monitoração das redes sociais e de jogos, porque existem muitos que influenciam o comportamento das crianças no meio social. Sempre dizemos às crianças que a escola é um treinamento para a vida social. A atenção ao que os filhos assistem e acessam é importantíssima, pois muitas vezes as crianças possuem entrada ilimitada para qualquer tipo de conteúdo e podem estar abordando temas e assuntos, ou jogos que não são adequados para a faixa etária.”
Você avalia que seja necessário um controle sobre as redes sociais no intuito de responsabilizar quem publica conteúdos?
“É extremamente importante. As pessoas publicam o que querem sem responsabilidade nenhuma. É muito fácil usar as redes para fazer um chamariz a um conteúdo tendencioso e mal intencionado.”