Construção da nova estrutura é cobrada desde 2013, ano em que o prédio principal foi demolido por apresentar riscos aos alunos e funcionários
Na manhã desta sexta-feira (17), uma manifestação teve destaque em frente ao prédio da Escola Estadual José Mânica, no Bairro Esmeralda, em Santa Cruz do Sul. O ato, organizado pelo Grêmio Estudantil do educandário, mobilizou dezenas de alunos e professores para cobrar um posicionamento do Governo do Estado referente à demora do início das obras de construção de uma nova estrutura para abrigar os alunos, tema debatido há 10 anos.
Alunos de diversas idades carregavam cartazes em protesto, pedindo respostas do poder público e maior investimento na educação. Mesas e cadeiras também foram colocadas na rua como protesto, e uma aula na rua foi simulada durante o movimento.
A construção da nova estrutura é cobrada desde 2013, ano em que o prédio principal da escola foi demolido por apresentar riscos estruturais aos alunos e funcionários. Há 10 anos, a solução temporária encontrada foi de oferecer aulas em salas modulares, o que se mantém até hoje.
O diretor da escola, Vinicius Finger, destacou a realidade de alunos que passaram a vida escolar inteira sem as condições adequadas de ensino no Mânica. "Com a chegada do Governador aqui no município na semana passada nós tínhamos a expectativa de ouvir boas notícias sobre o início da obra. Como ficamos sem resposta alguma, a escola começou a organizar uma manifestação similar a que já fizemos em 2015. Temos alunos aqui que passaram toda a vida escolar, do primeiro ano do fundamental ao último do ensino médio, sem ter a estrutura adequada para o aprendizado. Já completamos uma década de luta dessa comunidade se mobilizando para lutar por esse prédio. O retorno que a gente tem é que as coisas sempre dependem de burocracia, mas o aluno que está aqui quer estudar hoje, quer ter a estrutura disponível para desempenhar o melhor estudo", disse o diretor.
A presidente do Grêmio Estudantil, Emily Eduarda Trein, salientou o desejo dos estudantes durante a manifestação. “Nós, como alunos, queremos ter a mínima estrutura para termos as aulas. Queremos esse prédio novo porque temos esse direito de estudar em uma estrutura boa e que possa comportar mais alunos também. É uma luta também para os pequenos que estão crescendo aqui na escola e que logo mais, quem sabe, poderão ter uma qualidade melhor para estudar”, disse.
O início da obra para construção do novo prédio está previsto para o primeiro semestre deste ano, mas ainda sem uma data específica. A Secretaria Estadual de Educação, Raquel Teixeira, informou que a licitação foi concluída e vencida pela empresa Cerâmica Taquari Construções Ltda.
O projeto prevê a construção de dois pavimentos com dez salas aula, sanitários, laboratório, cozinha e refeitório, além de outros ambientes. O custo total da obra é estimado em R$ 4,3 milhões.
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