Cirurgião vascular Sérgio Araújo de Moraes explica de que forma a doença deve ser tratada
Sérgio Araújo de Moraes, cirurgião vascular, é o convidado do Arauto Saúde desta semana. Ele explicou que a doença varicosa é extremamente prevalente na população em geral em qualquer faixa etária, sendo que os jovens a apresentam com menor frequência do que as pessoas mais velhas, mas as varizes são uma doença que pode acontecer ao longo da vida.
O médico contou que frequentemente as meninas podem perceber alguma coisa já pelos 18 anos, alguma veia suspeita. Também é preciso considerar o histórico familiar, considerando irmãs, mãe, avós para observar se elas também possuem as veias consideradas varizes. Indagado sobre o momento ideal para começar a se preocupar com o problema, ele respondeu: “enxergar veias nas pernas não significa que elas sejam doentes, mas, ao perceber o sinal de uma veia mais visível, tortuosa, mais dilatada e mais saliente na pele, isso sim é sinal de que esta veia não é normal”.
As microvarizes, cientificamente chamadas de telangiectasia, aparecem de forma natural, explicou Sérgio, dizendo ainda que todos estão suscetíveis ao aparecimento, em algum momento da vida, dos vasinhos. Elas podem começar a aparecer com espessura mais fina. “Evitar o aparecimento de varizes é muito difícil. É importante observar. Quando se detecta que existem microvarizes, aí sim é importante avaliar o caso para saber como o problema pode se comportar no futuro e ainda diminuir a progressão da doença ao longo do tempo”, esclarece.
Alguns fatores de risco para o aparecimento de varizes são a genética, a passagem do tempo, a obesidade, o sedentarismo e permanecer muito tempo em pé, apontou o cirurgião. “A incidência nas mulheres é maior do que em homens, a mulher tem a questão hormonal e a gestação que são fatores de risco isolados para o aparecimento de varizes”, comparou.
Um alerta feito pelo cirurgião foi em relação ao uso de produtos milagrosos que estão à disposição no mercado, oferecendo a cura das varizes. “Infelizmente não existe milagre, é preciso tratar quando se percebe o problema”, finalizou.