Com algumas décadas dedicadas ao ciclismo, Luiz Faccin é responsável também por formar, em Santa Cruz do Sul, grupos de praticantes do esporte.
Luiz Faccin, o homem das bicicletas, é o convidado do Arauto Saúde desta semana para falar sobre saúde ao pedalar. Com algumas décadas dedicadas ao ciclismo, ele é responsável também por formar, em Santa Cruz do Sul, grupos de praticantes do esporte.
Faccin comenta que a primeira coisa que um ciclista precisa para garantir a prática do esporte com segurança é a bicicleta em boas condições de uso. Para isso, cuidados em relação ao freio e com a sinalização, que deve seguir as regras do código brasileiro de trânsito, são de extrema importância. Além disto, é preciso que o esportista esteja identificado no trânsito durante a prática do esporte. Para estar no trânsito, é preciso lembrar que vale a lei do mais fraco, então, o ciclista precisa respeitar o pedestre e se manter ao lado direito da via, nunca andar na contramão. “Essa, aliás, é uma ideia errada que alguns ciclistas possuem. Pensam que o certo é andar na contramão, e não é”, revela.
Quando há calçada e acostamento, o ciclista deve andar fora da pista de rolamento. É permitido transitar na pista de rolamento e na faixa branca quando não houver outra opção para andar. Por segurança, o recomendado ainda, lembra Faccin, é evitar a prática do esporte em rodovias como BRs e RSs, que mesmo com acostamento, oferecem mais riscos pela intensidade de tráfego nas vias. O deslocamento de ar, que ocorre nessas vias de grande circulação, também pode oferecer riscos aos ciclistas, podendo desequilibrá-los, levando-os à queda. Assim como o vento lateral, capaz de empurrar o ciclista contra os veículos que passam pela pista.
Para auxiliar na segurança, o código brasileiro de trânsito exige que a bicicleta seja equipada com sinalização dianteira e traseira, nos pedais e sinalização lateral, os refletores de raio. Para os iniciantes no esporte, Faccin aconselha o início gradativo da prática, percorrendo distâncias menores como a de 5 quilômetros, aumentando para 8 e depois 10 quilômetros, trabalhando paralelo a isso o condicionamento físico do ciclista. Ele lembra que é importante praticar o esporte com pelo menos um acompanhante para que, em caso de algum acidente, alguém possa prestar socorro.